vacinação infantil

O Ministério da Saúde informou que houve aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2023. O resultado, observado em todo o país, consolida a reversão da queda dos índices vacinais enfrentada pelo Brasil desde 2016.

A média de alta foi de 7,1 pontos percentuais comparado com dados de 2022.

Entre os destaques de crescimento estão: as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).

“Os números consolidados reafirmam que estamos no caminho certo, de retomada das coberturas vacinais de nossas crianças, após quedas consecutivas nos últimos anos, e de reconstrução de uma das principais políticas de saúde pública do país”, afirma a ministra da saúde, Nísia Trindade.

Nacionalmente, a que mais cresceu em cobertura foi o reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% em 2022 para 76,7% no ano passado. Ao avaliar a cobertura vacinal entre os estados, a maioria apresenta melhoria na cobertura das 13 vacinas citadas.

A pasta também divulgou que foram investidos mais de 6,5 bilhões de reais ano passado na compra de imunizantes e a previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões em 2024. Sendo R$ 150 milhões destinados aos estados e municípios, montante que deve se repetir este ano.

Vacinação da gripe

Em contrapartida, apenas 22% do público alvo da vacinação contra a gripe receberam o imunizante cerca de um mês após o início do programa. A cobertura é distante dos 90% preconizados pelo Ministério da Saúde. Ao todo, foram aplicadas cerca de 14,5 milhões de doses, porém parte em pessoas de fora do grupo prioritário, como na capital do Rio de Janeiro, onde a imunização é liberada a todas as faixas etárias.

A campanha teve início oficialmente pela pasta da Saúde no dia 25 de março, porém na prática as doses começaram a ser aplicadas alguns dias antes, assim que os estados receberam as primeiras unidades da vacina. Em São Paulo, por exemplo, a capital ofereceu a proteção a partir do dia 22, há exatamente um mês. Lá, a cobertura vacinal do público-alvo está em 22,43%.

Na capital fluminense, a vacinação teve início um dia antes, em 21 de março, e hoje o percentual de protegidos no grupo prioritário é de somente 17,78%. Em Brasília, um dos primeiros locais a começar a aplicar o imunizante, no dia 19, a cobertura é a mais baixa de todo o país: 13,8%. Já a mais alta é observada no Rio Grande do Sul, em 30,12%.

As informações são do painel do Ministério da Saúde, atualizado nesta segunda-feira com os dados inseridos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) até ontem. O levantamento não leva em consideração os estados do Norte. Isso porque, neste ano, o governo federal mudou a estratégia da campanha e já imunizou a população da região entre novembro e dezembro, atendendo às particularidades climáticas da região.

Fonte: O Globo