25/10/2010 – 11h45

A carência de profissionais ocorre tanto nos postos de saúde quanto nos hospitais, afetando especialmente as localidades distantes dos grandes centros urbanos. A informação faz parte de pesquisas realizadas pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Na atenção primária, quase um quarto (23,1%) dos municípios brasileiros, excluídas as principais regiões metropolitanas, têm carência de pediatras, médicos da família e clínicos gerais.

Nos hospitais, que atendem também casos complexos, o problema se repete. Outra pesquisa do mesmo grupo, realizada neste ano com gestores de hospitais públicos e privados de Minas Gerais, constatou que 64,3% deles têm dificuldade para contratar pediatras.

O estudo também revelou que o tempo médio para o preenchimento de uma vaga na pediatria chega a 8,6 meses. No momento da pesquisa, quase metade (46,1%) dos gestores disseram ter algum posto vago.

O presidente da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) diz, porém, que o número de profissionais é adequado. Eduardo Vaz destaca que, hoje, 10% dos médicos do país são pediatras, contra 13,5% em 1996. No período, o número de filhos por família caiu e outras especialidades ganharam importância.

"Se está faltando pediatra no sistema público, e está mesmo, isso não é culpa do pediatra", diz.

Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze, o problema só será resolvido com uma política que fixe os profissionais ao SUS.

Redação da Agência de Notícias da Aids com informações da Folha de S.Paulo