Rivais na semifinal da Copa do Mundo 2022, Argentina e Croácia já se enfrentaram em outras cinco oportunidades. O histórico de confrontos apresenta em duelo equilibrado e sem favoritos, uma vez que os “hermanos” conquistaram duas vitórias, enquanto os europeus também tiveram dois triunfos.

Em Copas do Mundo, as seleções se enfrentaram duas vezes, mas apenas em fases de grupo. Em 1998, a Argentina derrotou a Croácia liderada por Davor Suker, que viria a ser a 3ª colocada daquele torneio, por 1 a 0 com gol de Maurício Pineda. Em 2018, a equipe dos Bálcãs deu o troco ao derrotas a Albiceleste por um impiedoso 3 a 0 comandado por Modric e Rakitic.

Além disso, as equipes também se encontraram em três amistosos. Em 1994, o empate sem gols prevaleceu no placar. Em 2006, a Argentina contava com Lionel Messi, que balançou as redes no confronto, mas a Croácia venceu por 3 a 2. Em 2014, os “hermanos” deram o troco e venceram por 2 a 1 com direito a mais um gol do camisa 10.

Embora a Croácia tenha vindo da Iugoslávia, o histórico de confrontos não contabiliza os duelos contra a extinta nação europeia. Na Copa do Mundo de 1990, a Argentina encarou a equipe liderada por Dragan Stojković nas quartas de final antes do desmembramento do país. Na ocasião, a partida acabou empatada por 0 a 0 e os sul-americanos venceram nos pênaltis.

Argentina e Croácia duelam na semifinal da Copa do Mundo nesta terça-feira, às 16h (horário de Brasília). A Albiceleste é tratada como favorita para chegar na final da competição em busca do tão sonhado tricampeonato, enquanto os europeus buscam alcançar a decisão pela segunda vez consecutiva.

Saiba como os dois países enfrentam o HIV/aids.

Argentina

Para uma população de aproximadamente 44 milhões de habitantes, a Argentina tem uma prevalência do HIV de 0,4% entre os adultos (de 15 a 49 anos) e cerca de 140 mil pessoas vivendo com o vírus, segundo dados mais recente relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas Sobre HIV/Aids (Unaids), de 2021. O principal meio de transmissão é a relação sexual.

A porcentagem de pessoas em tratamento na Argentina é de 65%. Apesar da terapia antirretroviral ser acessível nas grandes cidades e ser garantida por lei no país, existe um problema de logística devido ao fato de a maioria das áreas mais pobres serem isoladas ou se situarem na zona rural. Além disso, o estigma dificulta o acesso, porque muitas pessoas hesitam em se tratar em suas comunidades – temendo o estigma após a revelação do diagnóstico, acabam optando por não procurarem os serviços de saúde.

Em 2020, a Argentina registrou 5.600 novas infecções pelo HIV e 1.400 mortes relacionadas à aids.

Entre as mulheres, 43 mil vivem com o vírus. Um recente estudo realizado no país revelou que, nos últimos dois anos, a maior parte delas se infectou em relações com seus parceiros estáveis.

As populações mais afetadas pelo HIV/aids na Argentina são gays e outros homens que fazem sexo com homens, com uma prevalência de 15,7% e as pessoas privadas de liberdade, com uma taxa de 2,7%.

Ainda segundo o Unaids, a Argentina alcançou marcos significativos na resposta ao HIV, adotando uma abordagem de teste e tratamento desde 2015. A cobertura estimada de pessoas vivendo com HIV que acessam a terapia antirretroviral está entre as mais altas da América Latina.

Croácia

Croácia: bandeira, mapa, capital, população, resumo - Brasil Escola

A Croácia tem cerca de 1.800 pessoas vivendo com HIV/aids numa população de 3,9 milhões de habitantes. A incidência do HIV, por 100 mil habitantes é de 0.04 casos. Na faixa etária entre 15 e 49 anos, a prevalência é inferior a 0,1%.

Os primeiros casos de aids foram registrados e passaram a ser monitorados na Croácia em 1985. As relações sexuais desprotegidas são a maior causa da infecção, que vem aumentando mais na população de homens que fazem sexo com homens (HSH).

Das novas infecções na Croácia, 87% foram entre os homens, sendo 61% atribuídas a HSH; 18% a relações heterossexuais e 5,5% a usuários de drogas injetáveis.

Desde 2010, dezenas de serviços de saúde na Croácia fornecem testagem gratuita para o HIV. Segundo a política local, o teste para o vírus não pode, jamais, ser obrigatório e todas as doações de sangue são testadas desde a metade dos anos 80.

O país é bastante conservador e predominantemente católico romano, com influência dos bispos. O programa de educação e saúde, que inclui algumas diretrizes de ensino sobre sexualidade nas escolas, foi cancelado pela Corte Constitucional em maio de 2013 sob alegação de que faltou debate público.

Mais números da Croácia

* Mortes por aids desde 1985: 201

* Mulheres maiores de 15 anos vivendo com HIV: Menor que 200

* Cobertura do tratamento antirretroviral: 89%

* Entre os usuários de drogas injetável a prevalência do HIV é menor que 1%

Redação da Agência de Notícias da Aids