Uma empresa sediada em Joanesburgo começará a produzir anéis de silicone flexíveis para proteger as mulheres contra o HIV. A iniciativa sinaliza um passo importante na prevenção da infecção do vírus concedendo a uma empresa africana para produzir o anel vaginal em escala adequada e a preços acessíveis, a fim de tornar o continente autossuficiente.

O anel é inserido e removido pela própria usuária e proporciona proteção por um mês, após o qual precisa ser substituído por um novo aparato, que contém um medicamento antirretroviral chamado dapivirina.

Embora estudos mostrem que o anel vaginal com dapivirina seja menos eficaz na prevenção do HIV do que pílulas e injeções de prevenção do HIV, ele possui benefícios em relação a outras ferramentas, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a recomendar sua inclusão no pacote de serviços de saúde sexual disponíveis para mulheres.

Uma vantagem do anel em relação às pílulas de prevenção do HIV é que pode ser usado discretamente pelas mulheres, permitindo que as usuárias usem-no sem ter que negociar ou discutir seu uso e propósito com seus parceiros sexuais. Isso é especialmente importante no contexto da África do Sul, onde as mulheres enfrentam altas taxas de violência baseada em gênero, o que prejudica sua autonomia sobre seus corpos e saúde sexual e reprodutiva.

“Precisamos dar às mulheres mais controle sobre sua saúde e corpos e acesso a uma variedade de opções seguras e eficazes, incluindo o anel de dapivirina, para escolherem o que funciona melhor para elas em diferentes momentos de suas vidas”, escreveram várias ativistas africanas proeminentes em 2022.

Fonte: News 24
Tradução:
Marina Vergueiro (marina@agenciaaids.com.br)

Fonte: News 24