Aconteceu nesta semana, em Brasília, o 2º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical, realizado junto ao 3º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021 – 2024. Organizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o encontro trouxe para o centro das discussões os desafios para eliminar a transmissão vertical (da gestante para o bebê) da doença de Chagas e da sífilis. Além de monitorar as ações de prevenção, vigilância e controle em todas as regiões da saúde do DF. Entre 2014 e 2023, foram identificadas 400 gestantes com a doença de Chagas crônica no DF; e nos primeiros sete meses deste ano, a capital registrou 238 casos de sífilis congênita.

O evento contou com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a parceria da Jica (sigla em inglês para Agência de Cooperação Internacional do Japão Representação no Brasil), a participação do Ministério da Saúde, das Superintendências das Regiões de Saúde do DF e de profissionais da área.

A diretora da Atenção Secundária na SES-DF, Juliana Queiroz Araújo, representou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e ocupou a mesa de abertura. “Estamos aqui para discutir o planejamento em saúde, o cuidado materno infantil e olhar com atenção os indicadores. Planejamos o futuro a partir das ações do passado. Sem monitoramento não há crescimento”, enfatizou.

Já o coordenador da área de doenças transmissíveis e de determinantes ambientais de saúde da Opas, Miguel Aragón, destacou o compromisso da SES-DF diante dos objetivos estabelecidos na primeira edição do fórum, em 2022. “Estou emocionado por ver a continuidade do trabalho da pasta. Não foi apenas um evento que ocorreu no ano passado e ali parou. Realmente parabenizo o compromisso da gestão. Não foi um compromisso só de palavras, mas de ação. E é trabalhando dessa forma que vamos juntos conseguir alcançar as metas.”

A continuidade do fórum e do Ciclo de Monitoramento visa ampliar o olhar sobre a temática e desenvolver novas ações de erradicação. “São doenças que temos a possibilidade de eliminar. Temos insumos para diagnósticos, tratamentos e formas de prevenir a transmissão vertical”, reforçou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel.

Premiação

O segundo dia de evento, foi marcado pela apresentação dos resultados dos indicadores e a certificação com o Selo de Boas Práticas. Trata-se de um reconhecimento pelo esforço das equipes de saúde na busca pela redução da sífilis congênita”, explicou Maciel.

A certificação é dividida em três categorias: ouro, prata e bronze. O selo é conquistado com o cumprimento de determinados indicadores.

“São doenças que temos a possibilidade de eliminar”, enfatizou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde, Beatriz Maciel.

Testagem

A SES-DF oferece testagem rápida para sífilis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, localizado no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na Asa Sul.

No que diz respeito à doença de Chagas, desde 2014, a pasta realiza a triagem de gestantes infectadas no primeiro trimestre do pré-natal.