O programa Roda Viva recebeu, nesta segunda-feira (12), o médico e ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. Durante a entrevista, ele falou sobre as discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro a cerca gestão da pandemia no Brasil, o que acarretou em sua exoneração do cargo. Mandetta também respondeu a perguntas a respeito dos conflitos com o ministro da Economia e falou sobre o futuro da saúde no Brasil.

A bancada de entrevistadores foi formada por Claudia Collucci, jornalista de saúde do jornal Folha de S.Paulo; Natalia Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência; Eduardo Carvalho, jornalista; Atila Iamarino, doutor em microbiologia e Luiz Megale, âncora da rádio BandNews.

Mandetta afirmou que houve polarização entre o prejuízo econômico e a questão sanitária. “O presidente falou: ‘Eu prefiro atender a econômica porque acho que é mais importante que atender a saúde”, disse o ex-ministro sobre declaração de Bolsonaro.

“Joga cloroquina, começa a chamar de vírus chinês, fala que a culpa é da China. Então, não dá para falar da China, fala que é da OMS. Passou o Ministério da Saúde a ser o elemento de raiva: esse é o cara que traz a notícia ruim, fala o que não quero ouvir. Tanto que eles trocam o ministro e uma das primeiras coisas que o ministro militar chega e fala e que não vai mais dar números”, relatou.

Durante a entrevista, o ex-ministro aproveitou para lançar o livro “Um Paciente Chamado Brasil”, onde narra, entre outras coisas, os bastidores de sua gestão durante o início da pandemia de Covid-19 no Brasil, incluído o fato de que Mandetta defendia um isolamento social rigoroso, contrariando a visão do presidente.

 

Confira a entrevista na íntegra:

 

 

 

Redação da Agência de Notícias da Aids