Nas eleições 2020, 14 candidatos a prefeito e vice-prefeito foram oficializados para a disputa em São Paulo. O primeiro turno ocorre em 15 de novembro e o segundo, se houver, em 29 de novembro. Além de prefeito e vice-prefeito, o eleitores também escolherão os vereadores da capital paulista. Líderes nas pesquisas de intenção de voto do Datafolha e do Ibope, o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) e o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB) são os dois principais nomes do momento para chegar à Prefeitura de São Paulo. O PT escolheu o ex-secretário municipal Jilmar Tatto, mas o nome que desponta como favorito entre os eleitores de esquerda nas eleições 2020 é o de Guilherme Boulos (PSOL). O ex-governador Márcio França (PSB) aparece também como um dos candidatos com potencial de disputar as primeiras posições. Na última semana, a Agência Aids publicou duas reportagem sobre os projetos que os candidatos têm para São Paulo na área da saúde.

Assim como Boulos, Jilmar Tatto (PT) e Marina Helou (Rede) têm propostas específicas sobre HIV/aids. Jilmar, por exemplo, quer elaborar campanhas e cartilhas para prevenção ao HIV e às ISTs, com unidades móveis nas áreas com maior vulnerabilidade. Ele também se comprometeu a elaborar e aperfeiçoar cartilhas de prevenção ao HIV/aids e a ISTs, juntamente com a ampliação logística de distribuição do material. No que diz respeito às ISTs, o candidato do PT incluiu em seu plano a realização de campanhas de sensibilização sobre a temática das ISTs nas escolas, equipamentos culturais, eventos e com unidades móveis nas áreas com maior vulnerabilidade.

Já Marina Helou se comprometeu a trabalhar pela promoção e ampliação, a qualificação e a humanização das ações de atenção integral à saúde das mulheres na rede pública e desenvolver programas para reduzir a incidência de HIV/aids e outras DSTs entre mulheres.

Conheça a seguir o plano de governo que os candidatos Antonio Carlos (PCO), Jilmar Tatto (PT), Joice Hasselmann (PSL), Marina Helou (Rede) , Orlando Silva (PCdoB), Filipe Sabará (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) têm para a saúde na Cidade de São Paulo:

Antonio Carlos (PCO)

A defesa da revolução e do socialismo para a independência da classe operária, por meio da “agitação e da propaganda política”, é o principal argumento do plano de governo. O partido defende que a “a tarefa central do momento presente é a luta contra o golpe e o novo regime político que vem se formando a partir dele.”

O programa de Antônio Carlos defende a divulgação do partido, e não de candidatos individuais, para “construir a direção revolucionária da classe operária, construir o partido revolucionário” e com “a participação real das mulheres na política”. O documento também ressalta o aumento do desemprego com a pandemia e a importância cada vez maior da mulher no mercado de trabalho e na casa.

(Veja o plano completo de Antônio Carlos aqui)

 

Jilmar Tatto (PT)

O programa de governo de Jilmar Tatto elenca quatro compromissos para a gestão da capital: solidariedade e justiça social; desenvolvimento econômico; gestão participativa e incentivo ao conhecimento e à cultura. Neste primeiro compromisso, o programa destaca que a “tributação da alta renda e concentração de propriedade” deve ser feita no âmbito federal, mas argumenta que a cidade tem “instrumentos legais adequados para requerer uma contribuição maior dos bancos, dos bilionários e dos superricos”.

A “implantação gradual da tarifa gratuita nos ônibus” e a “construção de habitações populares” são propostas para garantir o desenvolvimento econômico. Já para desenvolver a gestão participativa o programa promete recriar a Controladoria Geral do Município (CGM) e fortalecer as subprefeituras. No setor cultural, a meta é “elevar a sua participação de menos de 1% para até 3% do Orçamento Municipal”. O plano também lista 13 propostas emergenciais para o enfrentamento da pandemia na cidade, entre elas a criação da Renda Básica Cidadã e a “não retomada das aulas presenciais em 2020”.

(Veja o plano completo de Jilmar Tatto aqui)

 

Joice Hasselmann (PSL)

No plano de governo “Prefeita que não cansa para a cidade que não para”, Joice Hasselmann expõe suas propostas com base em 17 diretrizes. Na apresentação de seu plano a candidata diz que não pretende apresentar no documento as “necessidades que todo candidato a assumir o cargo de prefeito têm a obrigação de saber e de executar se for eleito”, mas demonstrar sua “visão do que uma cidade como São Paulo pode ser.”

Entre as propostas da candidata, está a criação de um novo modelo de concessão de ônibus que, segundo ela, “romperá com o oligopólio de empresas de ônibus” na capita paulista. Além disso, a candidata também promete “acabar com loteamento partidário de Secretarias, Subprefeituras, Autarquias, Fundações e Empresas Públicas municipais” e revisar o programa de desestatização da Prefeitura de São Paulo para intensificar parceiras com a inciativa privada. Joice promete não reajustar o IPTU em valores reais pelo menos nos dois primeiros anos de sua gestão.

(Veja o plano completo de Joice Hasselman aqui)

 

Marina Helou (Rede)

Em seu plano de governo, chamado “São Paulo sustentável: inclusiva, inovadora, saudável e acolhedora”, Maria Helou propõe três diretrizes que perpassam as propostas de todas as áreas: equidade, sustentabilidade e descentralização. A candidata promete melhorar a representatividade em estruturas municipais: caso eleita, metade das secretarias e das coprefeituras – novo termo proposto para atual prefeitura regional, antiga subprefeitura – serão lideradas por mulheres, e metade das secretarias devem ser comandadas por “pessoas não brancas”.

Na área da educação, Helou propõe a criação de uma “Bolsa-Neném”, que garantiria renda mensal para mulheres com filhos de até 4 meses que não têm direito à licença maternidade do INSS. No plano, a candidata diz ainda que defende o Sistema Único de Saúde (SUS), que o atendimento a dependentes químicos “deve ser feito de forma humana e integral” e que é preciso “refundar o conceito de segurança pública” na gestão municipal.

(Veja o plano completo de Marina Helou aqui)

 

Orlando Silva (PCdoB)

O programa de governo de Orlando Silva elenca a “defesa das liberdades democráticas, da soberania e do desenvolvimento nacional, dos direitos para os trabalhadores e a tolerância política” como principais bandeiras da candidatura. No documento, o candidato critica o presidente Jair Bolsonaro e propõe um modelo de cidade democrática que seria “uma alternativa à concepção autoritária e neoliberal do bolsonarismo”.

Entre as propostas do candidato está o fortalecimento do antirracismo, por meio da criação de uma “Defensoria da Cidadania”, que “acompanhará e dará suporte legal a todas as vítimas de discriminação” na capital. Silva propõe ainda a criação de corredores de ônibus, a reforma de escolas, o investimento em bolsas para estudantes e um programa de criação de vagas para reduzir o desemprego em 30% em apenas um ano. Uma das promessas do programa é a de que “as subprefeituras das regiões mais carentes terão o seu orçamento dobrado”.

(Veja o plano completo de Orlando Silva aqui)

 

Filipe Sabará (Novo)

Em seu plano de governo, Filipe Sabará promete trazer “soluções reais em termos jurídicos e orçamentários” para a cidade. Entre as propostas está a criação de um programa para promover “um ambiente econômico sem burocracia para quem quer empreender” nas periferias. Sabará também promete desenvolver “a criação de fundos garantidores, para que os micros e pequenos negócios possam obter empréstimos acessíveis”. Na área da saúde, o candidato quer lançar um sistema para a consulta online de dados dos usuários da rede pública.

O candidato deseja também implantar o programa “Chega de multas”, que aumentará a sinalização da presença de radares e, segundo ele, focará na prevenção de acidentes “e não em aumentar a arrecadação”. Sabará promete ainda substituir a ouvidoria eletrônica utilizada pela prefeitura para receber reclamações dos cidadãos, no telefone 156, por um sistema chamado “Prefeitura Resolve”, que deve promover o “acesso digital aos serviços de zeladoria e das subprefeituras”.

(Veja o plano completo de Filipe Sabará)

 

Vera Lúcia (PSTU)

A candidata, em seu programa de governo, afirma que é necessário romper com o sistema capitalista e credita ao governo federal as mortes por Covid-19 e o aumento no desemprego no país. Como prefeita da cidade de São Paulo, Vera Lúcia se compromete a estatizar os transportes públicos, criar um piso salarial municipal de R$ 4.020, e isentar desempregados do pagamento tarifas de água, luz e gás. A candidata também se opõe à volta às aulas em meio à Covid-19 na rede municipal “enquanto não houver vacina, testes em massa ou controle da pandemia”.

Além disso, o programa defende a formação de conselhos populares com poder deliberativo superior ao da Câmera Municipal, que seriam “eleitos democraticamente pela classe trabalhadora”. Vera Lúcia também propõe que a prefeitura complemente o auxílio emergencial do governo federal para atingir o piso salarial de SP de R$ 1.163.

(Veja o plano completo de Vera Lúcia aqui)

 

Leia também:

Eleições 2020: Confira as propostas de Bruno Covas, Celso Russomano e Guilherme Boulos para saúde

Eleições em São Paulo: Confira as propostas de Márcio França, Arthur do Val, Andrea Matarazzo e Levy Fidelix para saúde

Redação da Agência de Notícias da Aids com informações do G1