Pesquisa eleitoral divulgada recentemente apurou a preferência dos entrevistados na eleição para a o governo do Amapá. Clécio Vieira (Solidariedade) aparece à frente do levantamento, com 44% das intenções de voto, contra Jaime Nunes (PSD) que soma 34%, seguido de Gilvam Borges (MDB) com 4%. É assim que, até o momento, a disputa se configura.

Entre 2014 e 2018, 1.065 pessoas foram diagnosticadas com o HIV no estado, isso equivale em média a 266 casos por ano. A maior parcela era formada por homens entre 20 e 29 anos. Os dados são da Coordenação Estadual de IST/aids, da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).

Já em 2021, houve 338 novos casos de HIV/aids, a quantidade de diagnósticos se manteve estável e os casos também continuaram sendo prevalentes entre os homens.

Com o cenário da epidemia de HIV/aids sem muitos avanços no estado, a redação da Agência de Notícias da Aids selecionou as principais propostas dos candidatos para resposta à aids e à saúde pública em geral.

Clécio Vieira (Solidariedade)

Solidariedade confirma Clécio como candidato ao governo do Amapá em 2022 |  Eleições 2022 no Amapá | G1

Clécio Vieira faz parte da coligação Amapá para Todos, formada pelos partidos: Solidariedade, União Brasil, Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Liberal (PL), Republicanos, Partido Progressista (PP) e Federação Sempre Pra Frente.

No tocante às políticas para o sistema de saúde, o candidato pelo Solidariedade, tem como objetivo estratégico promover a saúde pública e o bem-estar da população por meio de políticas integradas e universais, com adoção de inovação, modernização, democratização de acesso aos serviços e valorização dos profissionais da saúde.

Nesse sentido, visa atualizar e cumprir o plano de cargos, carreiras e salários dos profissionais da saúde; fortalecer a Escola de Saúde Pública com oferta de cursos de curta duração e de pós-graduação direcionadas aos profissionais de saúde da rede estadual e com licença remunerada; estabelecer diálogo permanente com os sindicatos e profissionais da saúde sobre política de valorização profissional. Ele também quer elaborar o mapa de risco das unidades hospitalares e centros de saúde para garantir a insalubridade.

Implantar ferramentas de gestão, como gerenciamento de marcação de consultas, prontuário eletrônico integrado e telemedicina; garantir suprimento de medicamentos, correlatos e equipamentos a hospitais, unidades descentralizadas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); assegurar o repasse da verba estadual e contribuir com o custeio da Atenção Primária, Farmácia Básica e Vigilância em Saúde, incluindo agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias, em todos os 16 municípios; habilitar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Zona Norte e da Zona Sul em UPAs Porte; implantar Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Porte II na Zona Oeste de Macapá; reestruturar o HEMOAP com definição da política estadual de sangue; implantar a política estadual; cumprimento da Lei 3.999/61; criação de coordenação de saúde bucal e construção de novo Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), são ações que Clécio vislumbra em gestão de saúde. O candidato traçou diferentes metas para dar atenção à saúde e garantir atendimento humanizado.

Medidas para promoção de saúde mental não ficaram de fora do plano, o candidato quer reorganizar a Política de Saúde Mental e fortalecer, por exemplo, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em todo o estado e Implantar uma Unidade de Acolhimento em saúde mental.

Plano de atenção integral à pessoa com doença falciforme e hemoglobinopatias; vigilância em saúde; modernização do Centro de Reabilitação do Estado do Amapá (CREAP); ampliação do Serviço de UTI Aérea, para garantir o transporte, seguro e adequado, à pacientes em condições críticas; implantação do Centro de Especialidades em Saúde da Mulher, dentre outras são propostas para a área; conclusão de obras, como do Hospital da Criança e Adolescente (HCA) e construção de novos hospitais, dentre outras são propostas para a área.

Resposta à aids não foi questão discutida no plano de governo de Clécio Vieira.

Leia o documento na íntegra

 Jaime Nunes (PSD)

Jaime Nunes tem 37% de intenções de voto no Amapá | PSD 55 - Partido Social  DemocráticoPSD 55 – Partido Social Democrático

Segundo Jaime Nunes, seu plano projeta todas as ações capazes de tornar o Amapá um estado desenvolvido, bem estruturado, com serviços públicos funcionando plenamente a favor de toda a população Amapaense.

Sem apresentar detalhamento para efetivação de suas propostas no eixo saúde, o texto de Jaime Nunes propõe fortalecimento dos programas de prevenção e atenção em saúde em aspecto atenção materna, prevenção do câncer de mama e de útero. Além de controle de natalidade, promoção de educação sexual e ações de prevenção às ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). A palavra aids especificamente não foi citada no trecho.

O candidato também quer criar Hospital Militar a partir das junções das clínicas dos bombeiros e da polícia militar, a fim de atender miliares estaduais e seus familiares.

Leia o documento na íntegra

Gilvam Borges (MDB)

MDB confirma Gilvam Borges como candidato ao governo do Amapá em 2022 |  Eleições 2022 no Amapá | G1

Gilvan Borges saí como candidato ao governo do estado de Amapá pelo partido MDB. O texto do eixo “Política de Gestão Pública da Saúde” de seu plano de governo frisa que o Brasil ficou na 37ª colocação de um estudo divulgado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre os gastos per capita na área de saúde que englobou 44 nações desenvolvidas ou emergentes.

Universalizar de fato o atendimento ao cidadão, fortalecendo um atendimento mais humanizado na área de saúde é meta de Gilvan. Pois, segundo ele, a pandemia que tomou conta do nosso país produziu um consenso mínimo em todos a respeito da necessidade urgente de mudanças na área da saúde pública estadual.

Ele quer ainda redefinir e reorganizar como prioridade os serviços de controle da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá com o desenvolvimento de programas e projetos de saúde pública para controle e combate eficiente de surtos de endemias, epidemias e pandemias; criação e fortalecimento dos conselhos estaduais e municipais de saúde, com representação paritária de usuários, prestadores de serviço e agentes do poder público.

“Para tanto, vamos fortalecer e apoiar as medidas do respeito ao controle social como forma de assegurar a participação popular nas tomadas de decisão de aplicação dos recursos destinados a saúde”, garante.

Seu plano de governo visa dinamizar e agilizar a digitalização de dados em todo o estado, com a implantação de um cadastro único de todos os usuários do SUS, com a criação de um prontuário eletrônico com o histórico médico de cada paciente; otimizar a capacidade e qualidade do atendimento dos hospitais e das unidades de saúde pública estadual e municipal e da rede contratualizada dos serviços terceirizados de saúde, humanizando os resultados; criação de programa de credenciamento de ambulatórios e hospitais “Amigos do Idoso”, que garantam meios para atendimentos e consultas domiciliares e por meio de atendimento Online de enfermeiros, médicos e fisioterapeutas no sentido de suprir as necessidades do público em questão.

Se eleito, no seu mandado haverá revitalização, reforma e ampliação dos Hospitais, Maternidades, UPAS, bem como, construção de novas unidades destes serviços em todo o Estado.

O governo Gilvam fortalecerá a municipalização dos serviços de saúde, que deve se pautar pela gestão da saúde compartilhada, ou seja, racionalizando recursos financeiros e compartilhando responsabilidades. Outras demandas também foram exploradas.

Para resposta ao HIV/aids, o candidato promete revitalizar, ampliar e reformar o Centro de Referência no Tratamento da Aids a fim de identificar e tratar doenças sexualmente transmissíveis. Bem como, criar e desenvolver campanhas de prevenção e combate a proliferação das Doenças Sexualmente Transmissíveis em todo o Estado do Amapá.

Confira o documento na íntegra

Kéren Morais (keren@agenciaaids.com.br)