Gladson Cameli (PP) se reelegeu governador do Acre e vai comandar o estado até 2026, completando oito anos no poder. Assim como aconteceu nas últimas eleições, Cameli se elegeu ainda no 1º turno derrotando outros seis candidatos. O principal adversário que buscava um lugar no 2º turno era o ex-governador Jorge Viana (PT), apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a vitória do candidato do PP, o Acre reforça a ruptura com uma antiga tradição. O estado foi governado pelo PT por 20 anos, até 2018, quando Cameli foi eleito para o seu primeiro mandato.

A aliança costurada por Cameli para conseguir se reeleger contou com o apoio do PSDB, Podemos, PDT, Solidariedade, Cidadania, DC, PMB, Patriotas e PMN. Cameli chegou a declarar apoio a Jair Bolsonaro em diversas oportunidades e também recebeu o apoio do atual presidente.

Além de Bolsonaro, outros nomes fortes da política nacional como o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP), e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), estiveram no palanque do governador.

A vitória de Gladson Cameli confirma a liderança que ocupava nas pesquisas desde o início, sempre com um percentual de votos rondando a casa dos 50% e com reais possibilidades de liquidar a fatura no 1º turno.

Quem é Gladson Cameli

Gladson Cameli nasceu no município de Cruzeiro do Sul, no Acre. Tem 44 anos. Na adolescência se mudou para Manaus, onde concluiu o ensino médio, aos 17 anos de idade. Cursou engenharia civil no Instituto Luterano de Ensino Superior de Manaus.

Sua trajetória política começou cedo, também por influência familiar. Ele é sobrinho do ex-governador do Acre Orleir Cameli, que governou o estado entre 1995 e 1999.

Gladson Cameli foi membro do Conselho Municipal da Juventude e filiado ao PFL de 2000 a 2003 e ao PPS de 2003 a 2005. Já filiado ao PP, com 28 anos, foi eleito pela primeira vez para o cargo de deputado federal, em 2006. Nas eleições de 2010 se reelegeu como deputado federal alcançando a expressiva marca de mais de 30 mil votos.

Em 2014, depois de dois mandatos como deputado, foi eleito senador. Em 2018 foi eleito governador do Acre no 1º turno com 53% dos votos.

Propostas

Suas propostas para a área da saúde são ampliar a oferta de serviços de assistência à saúde a todos os municípios do estado, em parceria com as prefeituras, por meio do projeto saúde itinerante especializado; fortalecer a assistência farmacêutica estadual; e apoiar a organização de consórcios intermunicipais de saúde e melhorar os indicadores de qualidade no atendimento público.

Para a assistência, pretende, caso eleito, fortalecer as políticas públicas que visem a superação da desigualdade social e que reformule o modelo socioassistencial para a execução de ações que estimulem a autonomia econômica de famílias em situação de vulnerabilidade, incentivar e incrementar a inclusão sociodigital, por meio da democratização do acesso aos recursos tecnológicos e a expansão dos serviços públicos oferecidos à população.