Fátima Bezerra (PT) é reeleita governadora do Rio Grande do Norte — Foto: Elisa Elsie

Fátima Bezerra (PT), 67 anos, foi reeleita governadora do Rio Grande do Norte em primeiro turno, neste domingo (2). Em 2018, Fátima havia sido a única mulher eleita governadora no país e teve a maior votação para o cargo na história do Rio Grande do Norte.

Fátima nasceu em 19 de maio de 1955 em Nova Palmeira, na Paraíba, mas mora no Rio Grande do Norte desde a adolescência. Professora e pedagoga, ela se filiou ao PT em 1981 e entrou na carreira política-eleitoral após atuação no sindicato dos professores do estado.

Fátima foi eleita deputada estadual duas vezes consecutivas, nas eleições de 1994 e 1998. Em 2002, disputou pela primeira vez um cargo na Câmara Federal. Ganhou e foi eleita outras duas vezes, em 2006 e 2010, sempre pelo Rio Grande do Norte. Entre as candidaturas vitoriosas no Legislativo, disputou a Prefeitura de Natal nos anos de 1996, 2000, 2004 e 2008, mas perdeu nas quatro ocasiões.

Em 2014, com 808.055 votos potiguares (54,84% dos válidos), Fátima foi eleita senadora. Ela poderia permanecer no cargo até 2022, mas decidiu se candidatar ao governo do estado, sendo a única governadora eleita no país em 2018. Na oportunidade, venceu a disputa em segundo turno, com 1.022.910 votos (57,60% dos válidos), contra 753.035 votos (42,40%) de Carlos Eduardo (PDT).

Propostas

A governadora reeleita prometeu em seu plano de governo avançar no processo de regionalização da saúde, estruturando e qualificando as redes de atenção em todas as regiões de saúde, ampliando e qualificando a oferta de serviços através de consórcios de saúde; implementação de seis novas policlínicas nas regiões de saúde a fim de assegurar o acesso à consultas e exames, com expansão do Programa de Atenção Especializada Ambulatorial; criação de programa de investimentos em saúde para modernizar a rede de serviços do SUS no Rio Grande do Norte, priorizando construção e implantação de um novo Hospital de Urgências e Emergências na Região Metropolitana de Natal, de novo laboratório de saúde pública, expansão e qualificação da capacidade de atendimento dos hospitais regionais do RN.

Fátima quer implementar a Política de Atenção Hospitalar, integrando hospitais municipais e filantrópicos às redes de atenção regionais, mediante incentivos e apoio a qualificação desses serviços. Ainda visa expandir e qualificar os serviços ofertados nos hospitais regionais; implantar Política Potiguar de Atenção Primária no Estado, voltada para o aumento da resolutividade dos cuidados nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) a fim de promover nas mesmas: telemedicina; ampliação do suporte diagnóstico; articulação com a Atenção ambulatorial especializada; educação permanente dos profissionais; apoio à qualificação da gestão; suporte para a saúde digital;

Além disso, pretende criação, em articulação com universidades, de um programa de provimento de profissionais para Atenção Primária à Saúde (APS) na modalidade de residência médica e multiprofissional.

Avanços no processo de qualificação da vigilância em saúde; fortalecimento dos Núcleos de Vigilância em Saúde; atualização do Código Sanitário estadual; expansão e aprimoramento do RN Mais Saudável, são objetivos citados.

Para avançar no processo de Regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado, a petista entende que é necessário, por exemplo, implantação dos sistemas de regulação de leitos, consultas e exames e cirurgias, organizado em bases regionais, de modo a facilitar o acesso e promover a transparência na utilização dos serviços.

Para além disso, deve acelerar as ações de saúde digital no SUS, como criação de plataformas integradoras que facilitem a tomada de decisão na atenção e na gestão;

Sua gestão garante valorização dos profissionais de saúde, dentre outros compromissos. Epidemia de HIV/aids não foi discutida nos trechos do documento.

Redação da Agência de Notícias da Aids