Com concentração às 8h30, o percurso seguiu até o Instituto Moreira Salles, com o objetivo de celebrar as vitórias das pessoas vivendo com HIV e homenagear as lutas e conquistas desta população por mais visibilidade e dignidade. 

Ativistas do movimento social de luta contra a aids, vestidos de branco, transformaram a manhã do 1º de dezembro, Dia Mundial da Aids, em um momento simbólico de muita solidariedade e conscientização. A iniciativa do Movimento Paulistano de Luta Contra a Aids (MOPAIDS), junto à Fundação Poder Jovem, em parceria com o CRT DST/Aids de SP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Voluntariado Emílio Ribas, organização Estrelas do Amanhã e Zen do Brasil, ocupou a Avenida Paulista com a 2ª Caminhada Meditativa, realizada com Monja Coen, figura importante da filosofia zen-budista e pela paz social. A caminhada começou cedo, reunindo ativistas no vão livre do MASP, em direção ao final da Avenida Paulista. A atividade marcou a celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, alinhada às iniciativas do Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre o HIV/aids.

Com concentração às 8h30, o percurso seguiu até o Instituto Moreira Salles, com o objetivo de celebrar as vitórias das pessoas vivendo com HIV e homenagear as lutas e conquistas desta população por mais visibilidade e dignidade. 

Eduardo Barbosa, presidente do MOPAIDS, fala sobre a importância de estar na rua nesse dia de luta coletiva e detalha mais sobre as atividades. “Ontem o MOPAIDS realizou algumas ações [para marcar o 1 de dezembro], e uma delas foi essa em parceria com a Fundação Poder Jovem, onde nos reunimos no MASP, e tivemos falas conjuntas nossas e de várias outras organizações que compõem o movimento. Iniciamos uma caminhada que seguiu pela Avenida Paulista. Além disso, também participamos da Marcha dos Excluídos e o MOPAIDS teve a honra de participar da ação da Agência de Notícias da Aids, em parceria com vários outros atores.” 

No entanto, destaca sobre a atuação do movimento de forma geral: “é urgente que a gente repense nossa presença nos espaços.”

Monja guiou a atividade e destacou em sua fala a urgência de levar a educação para todos os âmbitos da sociedade, como forma de prevenir, tratar e desmistificar o HIV. A líder budista disse com firmeza que a transformação começa pela educação. “Nós precisamos de educação. Gosto de Paulo Freire, porque ele diz o seguinte, que não é a educação do mundo todo. A educação muda pessoas e as pessoas mudam o mundo. Quando a gente fala em educação, mais informação, que todos precisam saber como é que a gente trata, como é que a gente previne, e educação sexual nas escolas, é muito importante”, afirmou.

Em outro momento, ela também ressaltou a necessidade de manter a esperança e o trabalho coletivo por um futuro livre da aids: “A gente não pode se contentar que está bom. Não está bom! Educação, é educar nas escolas, educar professores, educar ministros de saúde, secretários de saúde pública, educar presidentes da república. Temos que educar com educação para todos. Educação para pessoas que não tem informações sobre aids e HIV, esse é o projeto que a gente tem que levar para 2030 e nós temos que conseguir. A gente acha difícil, mas nada é impossível se estivermos juntos, tomando essa decisão e agregando mais pessoas em todos os lugares, para que a gente possa levar adiante esse projeto de educação que transforma a realidade.”

Durante o ato, convidou os participantes a refletirem ainda sobre seus próprios objetivos e ações para alcançar a igualdade. “Nessa caminhada meditativa, cada passo significa um passo em direção aos nossos projetos e à harmonia”, falou e finalizou Monja Coen.