Copa do Mundo Feminina 2023: onde será sede, data e países classificados -  Lance!

A Copa do Mundo feminina chega a sua nona edição para o maior torneio de todos os tempos. Pela primeira vez na história, 32 seleções vão disputar o tão sonhado título. O Mundial começa nesta quinta-feira (20) e vai até o dia 20 de agosto, em dois países diferentes: Austrália e Nova Zelândia. A expectativa é de recordes de público sendo quebrados na Oceania.

A primeira partida será realizada no Estádio Eden Park, em Auckland, na Nova Zelândia. As seleções que abrirão o torneio serão Noruega e Nova Zelândia, às 4h da manhã (horário de Brasília). Já o Brasil entra em campo pela primeira vez contra a seleção do Panamá na próxima segunda-feira (24), às 8h.

As maiores estrelas do futebol mundial estarão reunidas nesse período. Entre elas, Marta, eleita seis vezes a melhor jogadora do planeta, que chega para sua sexta e última Copa aos 36 anos.

Para impedir que Marta coroe seu ciclo na seleção brasileira com a taça inédita, nomes como Alexia Putellas (Espanha), Alex Morgan (Estados Unidos), Sam Kerr (Austrália) e Lucy Bronze (Inglaterra) prometem também brilhar em suas respectivas seleções.

Casos de HIV entre mulheres

Enquanto o mundo para pra torcer pelas jogadoras talentosas nos duelos que prometem ser emocionantes, é importante lembrar de uma outra partida que precisa de atenção: a luta contra o HIV/aids entre as mulheres em todo o planeta.

A epidemia de HIV/aids ainda hoje afeta milhares de mulheres ao redor do mundo. De acordo com os dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em 2022, 46% de todas as novas infecções pelo HIV ocorreram entre mulheres e meninas de todas as idades.

Na África, continente mais afetado pela epidemia, mulheres e meninas da África subsaariana, sozinhas, representaram 63% de todos os diagnósticos.

Semanalmente, cerca de 4 mil mulheres e adolescentes do sexo feminino de 15 a 24 anos foram infectadas por HIV no mundo. Destas, 3.100 ocorreram na África subsaariana.

Um dado positivo é que desde 2010, a mortalidade por causas relacionadas à aids reduziu 55% entre mulheres e meninas e 47% entre homens e meninos.

No fim de dezembro de 2022, pouco menos de 30 milhões [29,8 milhões] de pessoas estavam em TARV (Terapia-Antirretroviral]; houve aumento expressivo, já que anteriormente, em 2010, esse número era de apenas 7,7 milhões. Do total de pessoas que acessaram tratamento, 82% [69 – 95%] foram mulheres com 15 anos ou mais.

Já entre as mulheres grávidas, 82% das gestantes vivendo com HIV/aids tiveram acesso aos antirretrovirais para prevenir a transmissão vertical, ou seja, para impedir que o vírus fosse passado para suas crianças.

Curiosidades sobre o mundial feminino

Em busca de seu quinto título da Copa do Mundo, os Estados Unidos, atuais campeões, despontam entre os favoritos novamente e podem conseguir também algo inédito: o tricampeonato mundial consecutivo.

A Inglaterra, que venceu a Eurocopa em 2022, também chega forte na briga pela taça, embora tenha perdido jogadoras importantes, como a ex-capitã Leah Williamson e Beth Mead por causa de lesões.

Com o novo técnico Herve Renard, a França promete dar bastante trabalho liderada pelas experientes Wendie Renard e Eugénie Le Sommer, maior artilheira da história do país. A equipe, que está no mesmo grupo do Brasil, aparece entre as favoritas mesmo após enfrentar turbulências na preparação, com ameaça de boicote que levou à troca de comando e também lesões, de Delphine Cascarino e Marie-Antoinette Katoto.

Uma ”renovada” Alemanha, número 2 do ranking da Fifa, também entra nessa lista de times que prometem brigar pelo título.

O Brasil, por exemplo, não entra no grupo dos favoritos, mas tenta surpreender em sua nona participação, após duas edições sem conseguir passar das oitavas de final. A aposta para 2023 está na mescla de jovens talentos com algumas veteranas, todas sob o comando da técnica Pia Sundhage, duas vezes campeã olímpica.

Quem também corre por fora é a Austrália, que espera contar com o apoio de sua torcida e com o brilho de Sam Kerr para levantar o troféu em casa. Já a Espanha quer chegar à primeira final e tem um importante trunfo para isso: Alexia Putellas, atual melhor do mundo.

Confira os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina 2023

Terá Copa feminina na TV aberta de novo, mas ainda é muito pouco

Brasil x Panamá: segunda-feira, 24/07 – às 8h

Brasil x França: sábado, 29/07 – às 7h

Brasil x Jamaica: quarta-feira, 02/08 – às 7h

Copa do Mundo Feminina tem definição dos grupos; confira - Notícias do  Maranhão, do Brasil e do Mundo

As partidas fazem parte da fase de grupos, a primeira etapa do torneio. Nessa etapa são classificadas as duas primeiras seleções de cada um dos oito grupos.

A Copa do Mundo Feminina é também uma oportunidade para vibrar pela saúde e bem-estar das mulheres, chamando atenção para os tabus, debates sobre prevenção, apoio emocional, testagem e tratamento do HIV/aids.

Se a cada passe certeiro houver um drible no estigma que rodeia o HIV, se a cada chute no gol for uma jogada a favor da igualdade de acesso aos cuidados e tratamentos,  se a cada abraço de comemoração tivermos um sinal de apoio às mulheres HIV+, vestindo a camisa da conscientização, vamos todos marcar um gol contra o HIV/aids e fazer a diferença na vida de todas as mulheres.

Redação da Agência de Notícias da Aids