Ativistas do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas do Estado de São Paulo (MNCP-SP) ocuparam, nesta manhã fria de quinta-feira (9), as escadarias do Theatro Municipal de São Paulo, região central da cidade, em um ato em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) e da vida. A ideia, segundo o MNCP, foi chamar atenção para o desmonte do SUS e a falta de investimento em saúde.

De acordo com o MNCP, o retrocesso na saúde atinge principalmente a população que não têm recursos para custear o próprio tratamento. “Temos nos deparado cotidianamente com situações de extremo descaso e violação de direitos. O SUS é o melhor plano de saúde que existe no mundo. Ele é nosso, mas depende de mais investimentos e melhor gestão para ser viabilizado. É nosso direito o acesso universal e igualitário.”

Segurando cartazes e faixas, cerca de 20 mulheres participaram da mobilização. Uma delas foi a ativista Fabiana de Oliveira, representante estadual do MNCP. “Anualmente as Cidadãs promovem ações em defesa do SUS. Erguemos a nossa voz por uma causa. Temos vivido nos últimos meses um descaso com a saúde. Com a chegada da pandemia de Covid-19, os serviços de saúde pararam com os atendimentos para as pessoas que vivem com HIV/aids, ficamos praticamente dois anos apenas com consultas de emergências, sem fazer exames. Estamos percebendo que os nossos serviços estão sucateados. O SUS está sucateado, a emenda constitucional 95, que congela o teto de gastos e investimentos na saúde, é um retrocesso para nós. A saúde é emergente e precisa de investimentos”, disse Fabiana.

Ela continua: “O SUS garante a nós, pessoas vivendo com HIV, o tratamento antirretroviral. Não podemos permitir retrocessos. Sem o sistema público de saúde a maioria dos brasileiros não teria acesso a saúde.”

O ato chegou ao fim com gritos de juntos somos mais fortes em defesa do SUS.

Gisele Souza (gisele@agenciaaids.com.br)

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