O Coletivo Arouchianos, que atua na sociabilização da comunidade LGBT no Largo do Arouche, região central de São Paulo, e na promoção e defesa dos direitos dessa população, está com campanha para a ampliação e manutenção da Casa Arouchianos.

No site Vakinha, foi aberta a campanha que pretende arrecadar R$ 80 mil. A proposta do centro a ser aberto é proporcionar espaço de acolhida a pessoas LGBT em situação de vulnerabilidade social.

O projeto já conseguiu arrecadar uma das duas beliches que são necessárias para acomodação das pessoas acolhidas além de colchões. Faltam também cestas básicas, kits de higiene e um guarda roupa de duas portas. A ideia é que, como valor arrecado, seja possível alugar uma casa maior para comportar o dobro de pessoas.

“Estamos com uma fila de 17 pessoas, mas hoje temos uma casa de dois quartos e acolhemos apenas seis LGBTs em situação de vulnerabilidade. Dentre eles, duas pessoas vivem com HIV. Queremos ampliar o projeto para alugar uma casa por dois anos, com 3 ou 4 quartos para comportar o dobro de pessoas”, explica Helcio Beuclair, coordenador do coletivo Arouchianos.

A casa foi inaugurada em novembro de 2019 e está funcionando no Brás. A expectativa é conseguir uma estrutura que fique mais próxima ao Largo do Arouche. “A manutenção da casa é importante para que essas pessoas sejam acolhidas e consigam um emprego, se ocupar, estudar e ter autonomia, abrindo então espaço para outros que precisam. No entanto, sabemos que esse processo leva um tempo, já que  a ideia é que nossos acolhidos sejam multiplicadores do conhecimento que vão adquirir aqui”, afirma o coordenador.

“É importante salientar que acolhemos pessoas em vulnerabilidade social, não em extrema vulnerabilidade porque ainda não temos estrutura como psiquiatria, que é necessário no caso das pessoas com dependência química”, diz Helcio.

O coletivo atua com ações de arte, cultura, política (suprapartidária), sociais, desportivas, conscientização quanto às questões de saúde e meio ambiente, em defesa e valorização da e no Largo do Arouche como território LGBT+ desde abril de 2016.

 

“No espaço, há também um psicólogo, cursos de cabeleireiro, corte e costura e atividades para pensar na autonomia das pessoas, também temos rodas de conversa e atendimento psicossocial.”

O endereço também oferecerá oficinas de arte e cultura, e terapia em grupo junto aos Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, além de ser um centro  para preservação da memória LGBT na região.

Para conhecer melhor a campanha ou fazer sua doação, clique aqui.