Bloco MinhoQueens em São Paulo

São Paulo – Uma multidão colorida e diversa tomou conta da República, no centro de São Paulo, e do Ibirapuera, na zona sul, com a passagem dos blocos Minhoqueens e Agrada Gregos, na tarde deste sábado (10/2).

No centro, o bloco criado pela drag Mama Darling foi o escolhido pela cadeirante Ivana Zumba, 50, para aproveitar o Carnaval de rua.

“Me sinto viva”, disse ela ao Metrópoles, enquanto acompanhava o trio elétrico do Minhoqueens.

A paulistana Monique Thomaz levou a filha, de 9 anos, para a festa. A menina, que nunca tinha ido a um bloquinho, dançava animada ao lado da corda que separa o público da organização do trio.

“Eu adoro [carnaval] e ela gostou também. Ano que vem nós estaremos aqui de novo”, disse a mãe.

Considerado um dos blocos mais tradicionais da comunidade LGBTQIA, o Minhoqueens abriu o desfile deste ano defendendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que voltou ao centro do debate no fim de 2023.

Para a drag Savanah Black, a presença do público LGBTQIA nos blocos de Carnaval é também uma forma de protesto e resistência.

Já o Agrada Gregos, maior bloco LGBT+ do país, arrastou uma multidão para o entorno do Parque Ibirapuera, na zona sul da capital paulista. A expectativa é que 1 milhão de pessoas passem pela Avenida Pedro Álvares Cabral.

Debaixo de um sol escaldante — termômetros registraram mais de 32°C –, pessoas de todas as idades dançavam ao som de pop, funk e música eletrônica.

Os foliões acompanharam os shows de Gloria Groove, Gretchen e Banda Uó.

O trecho da avenida entre o Obelisco e o Monumento às Bandeiras contou com um forte esquema de policiamento nos blocos. A cavalaria da Polícia Militar (PM) cercou os acessos ao local.

Bombeiros civis também circulavam em meio ao público. O Metrópoles flagrou ao menos dois resgates feitos pelos agentes – a uma jovem em estado de embriaguez e a uma mulher, na faixa dos 50 anos, que passou mal por conta do calor e precisou ser levada em uma cadeira de rodas.

Fonte: Metrópoles