Boletim mostra que, no recorte dos oito primeiros meses de 2024, total cresceu na comparação com o mesmo período em 2022 e 2023. Na análise entre regiões, o Baixo Acre, onde fica localizada a capital, teve a maior porcentagem.

O Acre teve um aumento de infecções pelo vírus HIV, causador da imunodeficiência humana (AIDS), nos últimos três anos. Isto é o que mostra o boletim epidemiológico das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), com recorte dos dois primeiros quadrimestres (intervalo de quatro meses) de 2024.

Neste período, o total cresceu na comparação com os oito primeiros meses de 2022 e 2023. No primeiro ano da análise, foram registrados 223 casos. Em 2023, o número teve uma leve queda, e fechou em 219 casos nesses meses. Em 2024, foram 244 infecções.

Mesmo com a subida, é possível perceber que os números se mantêm na faixa de pouco mais de 200 casos. “É possível notarmos uma certa estabilidade no número de casos notificados nos períodos dos respectivos anos”, ressalta o boletim.

Com isso, o crescimento foi de 9% entre 2022 e 2024. Já entre os dois primeiros quadrimestres do ano passado e deste ano, o aumento foi de 11%.

Na análise entre regiões, o Baixo Acre, onde fica localizada a capital Rio Branco, teve a maior porcentagem. Dos 686 casos, considerando os oito primeiros meses de casa ano, 606 foram nesta localidade, o que equivale a mais de 88% das infecções.

Apesar do crescimento entre a população adulta geral, os números entre gestantes tiveram uma redução de 64,7% entre 2022 e 2024, ainda no recorte dos dois primeiros quadrimestres de cada ano. Entre 2023 e este ano, também foi registrada queda, com pouco 53,8% a menos nas infecções pelo HIV.

No primeiro ano da análise, foram 17 casos. Já em 2023, o número caiu para 13, e em 2024 foram apenas seis casos nos primeiros oito meses do ano.

Dos 36 casos totalizados nesse período entre os três anos, o Baixo Acre também obteve o maior volume, com 31 infecções, o que equivale a 86%.

“O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das ISTs, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST”, alertou a Sesacre.

Mais de 1,6 mil casos em seis anos

O Acre tem mais de 1,6 mil pessoas que foram diagnosticadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) em menos de seis anos. Os dados são Núcleo Estadual das Infecções Sexualmente Transmissíveis do HIV, Hepatites Virais e Sífilis e correspondem ao período de 2018 até novembro de 2023.

Somente no ano passado, de janeiro a novembro, foram notificados 257 casos novos de HIV no estado acreano. Com uma população de 364.756 habitantes, segundo o Censo de 2022, Rio Branco registrou 79,8% do total de notificações este ano, com 205 diagnósticos.

Fonte: G1