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Nos dias 20 e 21, o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, participou das atividades da pré-conferência Internacional de Aids (IAS), em Munique/Alemanha. Em sua 25ª edição, a Conferência reúne cientistas, decisores políticos, profissionais de saúde, pessoas que vivem com HIV, financiadores e comunidades para dialogarem sobre descobertas e experiências na resposta ao HIV e à aids.

Durante a consulta internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Moldando o futuro: um olhar para além dos 20 anos de expansão colaborativa da coinfecção tuberculose e HIV”, o diretor colaborou com o painel “Lições aprendidas e o foco futuro para acabar com as mortes por tuberculose em pessoas vivendo com HIV ou aids”.

Na oportunidade, Draurio alertou para a importância de todos os governos assumirem a responsabilidade pela eliminação de doenças determinadas socialmente. “A tuberculose é, historicamente, a doença infecciosa que mais mata, perdendo apenas para a covid nos últimos anos. Não adianta desenvolver novas tecnologias para a eliminação dessas doenças, sem um esforço global para que todas as pessoas tenham acesso a elas”.

No primeiro dia da pré-Conferência, o diretor do Dathi moderou a sessão “Preparação para a escolha da PrEP: principais considerações programáticas”. Organizada pelas instituições: OMS, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), Unitaid e Fundação Bill & Melinda Gates, a reunião incluiu apresentações sobre as preparações políticas e programáticas necessárias para apoiar a introdução bem-sucedida da profilaxia pré-exposição ao HIV injetável com cabotegravir (CAB PrEP) e do anel da PrEP — dispositivo que libera antirretroviral dentro da vagina — junto com a PrEP oral, além das experiências iniciais de Zâmbia, Zimbábue e Maláui na implementação do CAB PrEP.

Além de Draurio Barreira, a sessão foi moderada por Emily Dorward (Usaid), e contou com apresentações de Lloyd Mulenga (Ministério da Saúde de Zâmbia), Getrude Ncube e Rose Nyirenda (ambas do Ministério da Saúde de Zimbábue), entre outras pessoas.

Para o diretor do Dathi, essa é uma oportunidade para o Brasil aprender com outros países como implementar, de forma mais efetiva, as ferramentas disponíveis para diagnóstico e prevenção ao HIV. “Nossas prioridades são a expansão de diagnóstico e prevenção. Na cascata de cuidado, nossos desafios são a detecção de pessoas que ainda não sabem que vivem com HIV, e sua retenção ao tratamento. Aqui, na Conferência, queremos aprender com a experiência de quem já conseguiu superar esses desafios, para que consigamos, até 2025, alcançar as metas 95-95-95”.

Propostas pela OMS, as metas 95-95-95 significam ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; destas, 95% em tratamento; e das pessoas em tratamento, 95% com carga viral em supressão. O Brasil, por meio do Programa Brasil Saudável, visa alcançar esse objetivo com o esforço conjunto de 14 ministérios e o auxílio da sociedade civil.

Fonte: Dathi