Outubro Rosa: Prevenção do Câncer de Mama e Saúde Feminina

No mês da mulher, as pautas sobre as questões relacionadas ao público feminino e HIV tem tido destaque na Agência Aids. Temas como envelhecimento das mulheres vivendo, nutrição, cuidados em saúde mental e outras ações para uma vida mais saudável tem sido abordadas em reportagens ao longo de todo o mês.

Agora chegou a vez das representantes do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, em São Paulo, se encontrarem e conversarem com a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB), coordenadora da Frente Parlamentar de Enfrentamento às IST/HIV/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose da Assembleia Legislativa de São Paulo, para discutirem o que esperam e necessitam por parte do poder legislativo no que se refere à prevenção, tratamento, proteção social e combate à discriminação das mulheres vivendo com HIV/aids.

Organizado por esta Agência, através de sua diretora-executiva, Roseli Tardelli, o bate-papo As Especificidades das Mulheres HIV+ e Possíveis Respostas da ALESP, que acontece a partir das 14h desta quarta-feira (20), “tem a intenção de aproximar a deputada, que é mulher e tem compromisso com nossa causa, para chamar a atenção das especificidades que as mulheres vivendo encontram no interior de São Paulo”, segundo a jornalista.

Para isso, foram convidadas, além da deputada, as seguintes ativistas:

Jenice Pizão

Professora de História aposentada, ela tem 62 anos, nasceu em Campinas, no interior de São Paulo, é mãe e avó. Vive com HIV há mais de 30 anos e se envolveu na luta contra a aids ainda nos primeiros anos da epidemia, quando conheceu outras pessoas que viviam com o vírus. Segundo ela, foi neste momento que percebeu a necessidade de lutar por uma vida completa, saudável e alegre. Seu ativismo político começou com a fundação do núcleo Campinas da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e Aids (RNP+). Na época, Jenice se envolveu também com o Movimento Latino-americano e Caribenho de Mulheres Positivas (MLCM+) e ajudou a coordenar o primeiro projeto no Brasil para mulheres com HIV e aids, que resultou na criação do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP).

Fabiana de Oliveira Estrutura organizacional - MNCP Brasil

Fabiana de Oliveira é paulista, mora em Catanduva, tem 54 anos, é formada em Ciências Sociais, solteira e sem filhos por opção. Além de representante estadual do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), também atua na secretaria de comunicação do MNCP. Atualmente, seu ativismo é pela vida das mulheres, por acesso, por direitos, contra o machismo e a violência, por políticas públicas que atendam às necessidades das pessoas que vivem com HIV/Aids.

Renata Souza

A trajetória de mulheres que vivem com HIV: Conheça as histórias de Renata Souza e Emilia Ferreira, do MNCP – Agência AIDSRenata Souza, 50, vive em Presidente Prudente (SP), é assistente social, conselheira nacional de saúde, ativista pelos direitos humanos e das mulheres vivendo com HIV/aids. Sua luta começou há mais de duas décadas, quando descobriu viver com HIV. Renata foi pega de surpresa e entrou em depressão ao receber o diagnóstico, aos 26 anos de idade. Vendo o sofrimento dela, na época, a então coordenadora do Programa de Aids da cidade, Adriana Maria Brava, a indicou para participar do Enong, o Encontro Nacional das Ongs/Aids, em Atibaia, São Paulo. Lá, viu diversas pessoas brigando por assuntos dos quais não compreendia ainda, mas sua curiosidade e vontade de aprender a fizeram se envolver na causa. Renata foi apresentada a Jacqueline Côrtes, ativista trans, e a Jenice Pizão, do Movimento das Cidadãs Posithivas. Esse encontro foi um divisor de água em sua vida. Pouco tempo depois, se mobilizou nas atividades do Movimento Social de Luta contra a Aids. Renata abandonou a faculdade de letras e passou a fazer serviço social.

A assistente social de formação foi eleita para o conselho de saúde da cidade, para a direção do PT (Partido dos Trabalhadores) regional, além de entrar para o MNCP (Movimento das Cidadãs Posithivas), movimento do qual faz parte até hoje. De lá para cá, já são mais de 20 anos de militância, especialmente em prol das mulheres.

Conheça mais sobre a trajetória da deputada Maria Lucia Amary

Entrevista com a deputada Maria Lúcia Amary

A deputada estadual Maria Lucia Amary está em seu sexto mandato consecutivo. Nasceu em Santos (SP). É professora e advogada, com mestrado em Direito Constitucional e Administrativo. Foi a primeira mulher a ocupar a vice-presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e assumiu interinamente a presidência por várias ocasiões. Durante oito anos foi membro do Conselho Estadual da Condição Feminina, presidente estadual do PSDB Mulher de São Paulo, vice-presidente do PSDB Mulher Nacional e diretora de articulação política, além de presidente de honra do PSDB Mulher do Estado de São Paulo e Conselho dos Direitos da Mulher de Sorocaba. Participou também dos movimentos políticos apartidários “Mulheres Sem Medo do Poder” e “Lugar de Mulher é na Política”. Saúde e causa social sempre foram bandeiras de todos os meus mandatos. É coordenadora da Frente Parlamentar de Enfrentamento às IST/HIV/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose da Assembleia Legislativa de São Paulo, desde 2015. A Frente Parlamentar foi criada para provocar a discussão, visando a elaboração de políticas públicas de combate à Aids e às ISTs e também à apresentação de medidas preventivas contra essas doenças em todo o Estado.

Conheça mais sobre o MNCP

MANIFESTO PELA VIDA DAS MULHERES QUE VIVEM COM HIV/AIDS - MNCP Brasil

Há mais de duas décadas, o MNCP tem trabalhado para garantir o fortalecimento das mulheres vivendo com HIV/aids e para promover o acesso a informações corretas, com evidências científicas, na prevenção e no tratamento do HIV.

O movimento une esforços de mulheres de diversas cidades brasileiras, com o objetivo de visibilizar a realidade das mulheres posithivas, promover o diálogo e eliminar a discriminação relacionada ao HIV/aids. Muitas integrantes são mães, com trajetórias marcadas pela coragem na busca por autonomia, direitos, acesso à tratamento e tantos outros desafios presentes na vida daquelas que vivem e convivem com o HIV.

O MNCP nasceu com a missão de acolher a todas, independente de credo, orientação sexual, raça ou cor, ou orientação político-partidária e identidade de gênero. O movimento reúne biografias marcadas por desigualdades sociais e de gênero, são mulheres que ano a ano contribuem para a reconstrução da identidade e apoio social.

Serviço

Live – Encontro Cidadãs Posithivas e Deputada Maria Lucia Amary

Quando: 20 de março

Horário: 14h

Com exibição ao vivo pela TV Agência Aids, Youtube e Facebook da Agência Aids

Redação da Agência de Notícias da Aids