Jovens de 20 a 29 anos representam 32,9% dos pacientes da doença. Vale destacar que HIV não é o mesmo que aids, portanto muitas pessoas que vivem com o vírus não apresentam sintomas

O índice de mortalidade por aids no Distrito Federal caiu 21,6% entre 2018 e 2022. Os óbitos por 100 mil habitantes diminuíram de 3,3 para 2,7 durante o período. Os dados foram divulgados no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). No DF, a faixa etária com o maior percentual de casos da doença são os jovens de 20 a 29 anos, com 32,9% dos casos.

Para Beatriz Maciel Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde, a queda dos casos está ligada aos esforços do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela também destaca a importância da testagem e do início imediato do tratamento em casos de diagnósticos positivos. “Além disso, há o esforço em manter a contínua dispensação do medicamento e, consequentemente, o tratamento adequado e contínuo a todas as pessoas vivendo com HIV, para que possam manter uma carga viral indetectável e não desenvolver a aids”, comenta.

A especialista explica a diferença entre HIV e aids, pois muitas pessoas possuem o vírus e vivem anos sem desenvolver a doença ou apresentar sintomas. “Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção”, salienta.

Sérgio D’Ávila, técnico de vigilância em HIV e Aids, conta que cerca de 15 mil pessoas recebem medicamentos para tratamento na rede da SES-DF. “A implementação da PrEP — Profilaxia Pré-Exposição — tem crescido significativamente, com 3.239 pessoas cadastradas recebendo medicamentos para prevenir o HIV”, informa.

De acordo com a SES-DF, em dezembro haverá ações em todo o DF em alusão ao mês de luta e prevenção contra o HIV e a Aids. A campanha Dezembro Vermelho começa nesta sexta-feira (1º).

Locais de tratamento

  • Centro Especializado em Doenças infecciosas (Cedin, antigo Hospital Dia da Asa Sul)
  • Policlínicas de Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Gama e Lago Sul.
  • Ambulatórios de infectologia dos seguintes hospitais: Hospital de Base, Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e Hospital Universitário de Brasília (HUB).
  • As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizam testes rápidos e oferecem preservativos e gel lubrificantes durante todo o ano.

Fonte: Correio Braziliense com informações da SES-DF