Painel contou com a moderação da coordenadora-geral de Vigilância de ISTs do Ministério da Saúde

Gestores (as) de secretarias estaduais e municipais de saúde compartilharam suas experiências com o público da 17ª ExpoEpi realizada na última semana em Brasília. Mobilização, desafios para a manutenção de indicadores de sucesso e atenção às pessoas em áreas de difícil acesso foram alguns dos temas apresentados pelos(as) palestrantes no painel “Experiências para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis e do HIV e atenção à pessoa com hepatites virais”. A moderação foi realizada peça coordenadora-geral de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Pâmela Gaspar.

A certificação da eliminação da transmissão vertical é uma iniciativa do Ministério da Saúde alinhada às orientações da Organização Mundial da Saúde que visa mobilizar e reconhecer estados e municípios com mais de 100 mil habitantes pela eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis ou, por boas práticas rumo a esse objetivo. A partir do ano que vem, os estados e municípios também poderão ser certificados pela eliminação da transmissão vertical de hepatite B e doença de Chagas.

A representante da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Carmen Bruniera Domingues, apresentou a experiência de mobilização do estado de São Paulo para solicitar a certificação. O destaque, conforme a fala da palestrante, foi o trabalho multiprofissional e a parceria com a sociedade civil na Comissão Estadual de Vigilância para alcançar o objetivo da eliminação da transmissão vertical das infecções durante a gestação, parto ou amamentação.

De Curitiba-SC, a experiência compartilhada foi outra: “Viemos apresentar os desafios de manter os indicadores e é muito importante que os gestores saibam que não basta alcançar as metas, elas devem ser mantidas”, alertou Liza Rosso, da Secretaria de Saúde Municipal de Curitiba. A gestora também destacou a descentralização do atendimento, o alinhamento com equipamentos de saúde da atenção suplementar do SUS, ou seja, serviços privados, bem como a necessidade de monitoramento e busca ativa de casos.

O “quadradinho”, como é carinhosamente conhecido o Distrito Federal, falou do triplo desafio e da experiência nas ações para a eliminação da transmissão vertical de sífilis, HIV e hepatite B. A responsável pela apresentação foi a enfermeira epidemiologista, Daniela Magalhães, que foi aclamada ao afirmar: “É necessário vigiar para cuidar. Às vezes os indicadores estão ruins por falhas de banco de dados, mas se olharmos os relatórios, os prontuários, observaremos que os dados estão lá, basta buscar, apesar de ser um trabalho hercúleo”.

A explanação “Atenção às populações em áreas de difícil acesso no contexto da linha de cuidado das hepatites B e C”, foi realizada pelo enfermeiro Jozadaque Beserra, da Secretaria de Saúde do Acre. Antes, o responsável pela área de vigilância das hepatites virais do Departamento de HIV, Aids, Hepatites Virais e ISTs do MS destacou as ações da pasta em parceria com estados e municípios para a eliminação das infecções.

ExpoEpi

Após um hiato de quatro anos, a Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (ExpoEpi) retornou em sua 17ª edição. O evento divulgou as práticas exitosas dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) que se destacaram pelos resultados alcançados em atividades relevantes para a Saúde Pública. A 17ª edição destacou os temas centrais dos 50 anos do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e os 20 anos da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.

 

Fonte: Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi/SVSA/MS)