Foram aplicadas 21.967 doses das 50.000 adquiridas até outubro deste ano
Mais da metade das vacinas compradas pelo Ministério da Saúde contra a varíola dos macacos está encalhada nos estados. Foram aplicadas 21.967 doses das 50.000 adquiridas até outubro deste ano.
A campanha de vacinação contra a varíola dos macacos, também chamada de Mpox, começou em março deste ano. As doses começaram a ser aplicadas cinco meses depois de o país receber o primeiro lote de vacinas contra a doença.
As informações sobre as doses aplicadas foram publicadas inicialmente pelo jornal O Globo.
Segundo o Ministério da Saúde, todas as doses já foram distribuídas aos estados. “Cerca de 47 mil doses foram enviadas aos estados. Destas, 21.967 já foram aplicadas. O Ministério da Saúde trabalha em ações para que todas as doses sejam utilizadas dentro do prazo de validade”, disse a pasta, em nota.
A pasta disse que o público foi ampliado para todas as pessoas que vivem com HIV e também para quem está em situação de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV).
Antes, a vacina era recomendada somente para alguns grupos portadores de HIV. O imunizante continua recomendado para profissionais que trabalham em laboratórios e têm contato com o vírus.
Pode receber a vacina também quem já teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para a varíola dos macacos, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Nesse caso, a pessoa deve ter entre 18 e 49 anos e deve comparecer ao serviço para vacinação entre 4 e 14 dias em que teve exposição ao vírus. Nesse período mais longo de tempo a previsão é que a efetividade da vacina para prevenção da infecção seja reduzida, segundo informe técnico.
A vacina foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no ano passado, porém o governo anterior anunciou que ela seria utilizada em pesquisa. Em 26 de fevereiro deste ano, com a prorrogação do aval para o uso do imunizante pela agência reguladora, será possível ampliar o uso.
Em setembro deste ano, a Anvisa ampliou novamente o prazo para utilização do imunizante sem registro no país. O prazo se encerra em fevereiro de 2024.
A autorização se aplica à vacina da empresa Bavarian Nordic A/S, fabricada na Dinamarca e na Alemanha. Apesar de ser o mesmo produto, o imunizante é chamado de Jynneos nos Estados Unidos e Imvanex na Europa.
A Organização Mundial da Saúde declarou que a MPox não é mais considerada uma emergência em saúde pública de importância internacional em maio deste ano.
Fonte: Folha de S.Paulo