O trabalho das ONGs voltadas a promoção e defesa dos direitos das pessoas que vivem e convivem com o HIV, é tema do episódio 2 da segunda temporada do PodH, podcast original da Agência Aids, que estreia nesta quinta-feira (5) na plataforma de streaming: Spotify.

A jornalista e apresentadora do podcast, Filomena Salemme, conversou com diferentes atores do terceiro setor para entender contexto histórico e a realidade do voluntariado.

Regina Buenno é ativista e facilitadora da Rede Jovem Rio+, uma rede que articula junto à população jovem do Rio de Janeiro, ações e debates relativos ao HIV e aids.

Regina trabalha diretamente com este público, portanto conhece as demandas e maiores desafios dos jovens cariocas vivendo com HIV.

À jornalista Filomena, ela contou que a geração jovem de hoje enfrenta uma realidade diferente da geração antecessora. De acordo com a voluntária, o jovem atual não quer somente ser um coadjuvante da luta contra o HIV, mas sim busca um protagonismo ativo e inovador, o que por muitos, sofrem forte resistência. Todavia, “o jovem reconhece todo o direito de luta que os adultos conquistaram, por exemplo a conquista dos medicamentos antiretrovirais.”

Foi a partir daí, observando este fato, que Regina efetivamente passou a trabalhar com os jovens e adolescentes cariocas.

Felipe de Oliveira Pinheiro, também voluntário e coordenador de acolhimento da mesma rede reconhece e enaltece a importância da comunicação entre pares e garante que os encontros promovidos são plurais e diversos. “Nossos trabalhos são muito produtivos, vamos elaborando temas que abranjam as ideias que os jovens trazem.”

Segundo ele, para além de tratar o sentimento de culpa que o HIV traz, a Rede Jovem Rio+ é um espaço de acolhimento e combate efetivo à epidemia de HIV/aids, com costura de políticas públicas, especialmente para o Rio de Janeiro, onde a epidemia impacta potencialmente as pessoas pretas e aquelas mais pobres.

No episódio, os entrevistados dividiram com os ouvintes as maiores dificuldades que a instituição enfrenta para, dentre outro objetivos, institucionalizar seus trabalhos.

A agente administrativa, Maria Alice Maldach, conhecida por Mali, vive com HIV a mais de uma década, e é uma dentre as dezenas de pessoas já contempladas pelo projeto.

“Eu precisava conversar com outras pessoas”, disse ao compartilhar sua história de vida e superação. Mali contou que entrou na Jovem Rio + em meados de 2011/2012, depois que saiu do quadro de aids. Ela reconhece a importância que a rede teve ao longo do seu processo pessoal e reafirma a importância da mesma e todos seus desdobramentos políticos sociais para a sociedade.

Confira o episódio na íntegra:

Kéren Morais (keren@agenciaaids.com.br)