Em toda eleição a saúde é objeto de promessas e debates, mas continua como um dos temas mais problemáticos na gestão pública. Os governos estaduais são responsáveis pelo atendimento secundário (atendimento especializado e apoio diagnóstico e terapêutico) e de alta complexidade Medidas relacionadas à saúde aparecem como questões prioritárias nos planos de governo entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos ao governo do Estado do Ceará.
Os três candidatos não citaram a palavra aids em seus planos de governo. No entanto, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Ceará, da década de 1980 a dezembro de 2020, foram notificados 14.647 casos de aids no Ceará, com média anual de 930 novos casos nos últimos 5 anos. De janeiro a outubro de 2021, foram confirmados 462 casos. A Pasta informa que o número vem diminuindo desde 2012. Também pondera que houve “queda importante no ano de 2020, provavelmente em decorrência da pandemia de Covid-19, que limitou os diagnósticos nos serviços de saúde”.
Confira abaixo as propostas para a área da saúde dos três membros de coligação cujo partido tem representatividade no congresso nacional, por ordem alfabética: Capitão Wagner, Elmano de Freitas e Roberto Cláudio.
Capitão Wagner (União Brasil)
A saúde é uma das 12 áreas onde o governo do candidato Capitão Wagner pretende implementar suas ações. Entre elas está o fim das filas de espera por consultas com especialistas e ampliação das cirurgias eletivas.
Veja os principais pontos:
Implantar o atendimento regional de urgência e emergência pediátrica, bem como o atendimento especializado pediátrico regional, viabilizando cirurgias de média complexidade e consultas com subespecialistas pediátricos na própria região;
Implantar serviços regionais de atendimento de urgência psiquiátrica e reestruturar todo o atendimento psiquiátrico e psicológico da rede pública, com destaque para os CAPS, em firme defesa da saúde mental da população;
Ampliar as cirurgias eletivas em todos os hospitais da rede, inclusive nos regionais, reequipando-os e fazendo funcionar a plena carga seus centros cirúrgicos, ampliando, ainda, as instalações do Hospital de Messejana e do Hospital Albert Sabin;
Implantar centrais de atendimento via “telemedicina”, acabando a inaceitável fila de espera por consultas com especialistas, que interagirão com as Unidades Básicas de Saúde, Hospitais Municipais e Hospitais Filantrópicos onde haja essa lacuna;
Elmano de Freitas (PT)
Com relação a área da saúde, o candidato Elmano de Freitas promete ampliar o acesso s cirurgias eletivas, consultas e exames especializados, além de promover a qualificação e a valorização dos profissionais que trabalham na área.
Veja os principais pontos:
Promover a saúde integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo estrutural e à discriminação nas instituições e serviços do SUS no estado;
Implementar uma Política Estadual voltada à atenção de média complexidade ambulatorial que permita
atender às demandas acumuladas na Pandemia da Covid-19 e, ainda, ampliar o acesso a cirurgias eletivas, consultas e exames especializados;
Promoção da qualificação e valorização profissional dos profissionais de saúde e gestores públicos, de forma a contribuir para melhorar serviços prestados à população cearense;
Consolidar a cooperação técnica em saúde com os 184 municípios do Ceará com o objetivo de universalizar, qualificar e integrar a oferta de saúde à população cearense e qualificar a atenção básica à saúde.
Roberto Cláudio (PDT)
O plano de governo do candidato Roberto Cláudio para a área da saúde inclui entre outras coisas a implementação de novas tecnologias e telemedicina e a promoção da saúde mental.
Veja os principais pontos:
Garantir a ampliação da infraestrutura de saúde e da capacidade de atendimento do Estado.
Promover ações específicas para atendimento da demanda reprimida em decorrência da Pandemia da Covid-19.
Promover a qualidade no atendimento, inclusive com o uso intensivo de novas tecnologias e telemedicina.
Fomentar ações de cooperação e apoio entre Estado e municípios, tendo em vista a melhoria e a qualidade os serviços de saúde prestados à população, além de desenvolver políticas intersetoriais para a promoção da saúde mental.
Redação da Agência de Notícias da Aids