22/06/2012 – 18h20

A sexta oficina do projeto Saber para Reagir em Língua Portuguesa, que terminou nesta sexta-feira, 22 de junho, em Porto Alegre, foi “bem produtiva e rendeu documentos importantes” para serem encaminhados aos gestores dos Estados da região Sul do Brasil, afirma a ativista e uma das organizadoras do evento Jenice Pizão.

Desde segunda-feira, dia 18, o evento reuniu aproximadamente 15 mulheres ativistas da região Sul e uma de Cabo Verde.

Segundo Jenice, que também integra o Movimento Nacional da Cidadãs Posithivas (MNCP), entre os temas tratados estão o atendimento às mulheres com HIV e aids, a lipodistrofia, a reprodução assistida e os direitos sexuais e reprodutivos. “Os gestores presentes se comprometeram com algumas coisas. Também é muito interessante a parceria com Cabo Verde”, disse à Agência Aids.

O documento elaborado pelas ativistas, que além de abranger suas reivindicações traça também um plano de trabalho para os próximos dois anos para a melhoria das respostas à epidemia de HIV, foi entregue aos diretores do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e às coordenações de DST/Aids do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre, que estavam presentes no evento.

Jenice criticou a ausência de gestores dos Estados de Santa Catarina e Paraná. “Eles não vieram, o que demonstra uma falta de comprometimento. Hoje temos a situação de uma epidemia que é feminilizada, então esperávamos que os gestores que trabalham com isso tivessem um comprometimento maior com as mulheres. Santa Catarina e Paraná não fizeram sua parte”.

O Saber para Reagir em Língua Portuguesa tem como principal objetivo fortalecer as capacidades de atuação de mais de 150 mulheres líderes vivendo com HIV/Aids no contexto da epidemia nos países de língua oficial portuguesa.

O evento é realizado pelo MNCP, em parceria com agências das Nações Unidas, com o Departamento de Aids e da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Esta edição do encontro contou também com apoio da Coordenação de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, da Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo e do Fórum de ONG/Aids do Rio Grande do Sul.

Nana Soares