05/05/2017 – 12h50
Uma notícia falsa que está circulando por meio de mensagens no WhatsApp afirma que há pessoas indo de casa em casa para transmitir o vírus HIV, como parte do jogo da Baleia Azul. A informação é atribuída à Vigilância Sanitária e à Polícia Militar. As duas instituições esclarecem que o alerta atribuído a elas é uma mentira.
A mensagem, escrita em um português precário e confuso, diz que um "grupo de aidéticos" se apresenta nas residências para "medir tireoide" e fazer "medição da glicose", com o objetivo maléfico de transmitir o HIV. Essas pessoas, segundo a mensagem mentirosa, chegariam de branco e diriam ser "enfermeiros estudantes". Estariam "a mando da Baleia Azul", um jogo em que, pela internet, jovens recebem uma lista de 50 tarefas perigosas, sendo o suicídio a última delas.
O texto que circula no WhatsApp sustenta que a Vigilância Sanitária e Polícia Militar fizeram um alerta sobre o assunto. O major Euclides Neto, chefe de Comunicação Social da Brigada Militar, afirma que a instituição não tem nenhum registro ou informação de algo dessa natureza e que não apresentou alerta nenhum.
“Essa notícia não é verdadeira. A Brigada Militar possui canais formais de comunicação. Notícias falsas encontram ambiente fértil para propagação. Mas repito e afirmo: a Brigada busca interlocução pelos canais formais, site, Facebook e Twitter oficiais. As ações e envolvimento comunitário que temos se dão através do policiamento comunitário, com a comunidade envolvida”, explica Neto.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde, ligado à Secretária da Saúde, também esclareceu desconhecer a existência da prática citada nas mensagens.
“Desconhecemos a existência do grupo mencionado na mensagem do WhattsApp, portanto não elaboramos nenhum tipo de alerta e não desenvolvemos nenhuma medida de controle”, afirmou a diretora do órgão, Marilina Bercini.
Além de a informação ser mentirosa, segundo as autoridades, vale lembrar que a utilização do termo “aidéticos”, para referir-se às pessoas vivendo com HIV/aids, é inadequada e preconceituosa.
Redação da Agência de Notícias da Aids com informações do Zero Hora