Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do MS publica nova edição do Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais | CRBio-08 - Conselho Regional de Biologia - 8ª Região

Os recentes casos de infecção por HIV em seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro provocaram indignação e levaram o Movimento Paulistano de Luta Contra Aids (Mopaids) e o Movimento Brasileiro de Luta Contra as Hepatites Virais (MBHV) a emitirem cartas de repúdio e solidariedade. Os movimentos exigem respostas imediatas e uma investigação rigorosa sobre o ocorrido, destacando a gravidade da situação e a necessidade de revisão dos protocolos de segurança nos transplantes de órgãos.

O Mopaids, em sua manifestação, solicitou uma auditoria imediata no sistema de transplantes do estado do Rio de Janeiro. A organização pede uma análise detalhada do processo de contratação e operação do laboratório envolvido, além de uma resposta clara sobre o impacto da terceirização de serviços no Sistema Único de Saúde (SUS). Um apelo foi feito à ministra da Saúde, Nísia Trindade, para que se posicione sobre a qualidade e segurança dos serviços prestados pelo SUS.

Já o Movimento Brasileiro de Luta Contra as Hepatites Virais (MBHV), em carta assinada por sua presidente, Neide Barros da Silva, destacou que as instituições responsáveis, tanto o hospital quanto o laboratório, falharam gravemente ao não detectar a infecção por HIV. Segundo o MBHV, essa negligência expôs os pacientes a uma situação irreparável, comprometendo suas vidas e dignidade.

“O transplante de órgãos deveria representar uma nova chance de vida. Agora, essas seis pessoas enfrentam o impacto devastador de uma infecção que poderia ter sido evitada”, declarou Neide Barros.

O MBHV ressaltou que o caso reflete uma falha inaceitável nos protocolos de segurança, que deveriam garantir a qualidade e procedência dos órgãos transplantados. O movimento exige investigações rápidas e punição severa para todos os envolvidos, além de uma reformulação nos processos de controle e fiscalização no sistema de transplantes.

Para o Mopaids, a situação levanta uma reflexão importante: se os protocolos de segurança existem e são considerados eficazes, o que falhou foi o cumprimento deles. “Cada transplante deve representar uma nova chance de vida, e essa confiança não pode ser violada por descuido ou incompetência. Embora seja possível viver com HIV, a infecção vem acompanhada de estigma e preconceito, ampliando o impacto social e emocional sobre as vítimas deste erro trágico.”

Tanto o Mopaids como o MVHB expressaram em seus documentos solidariedade às vítimas e suas famílias, reconhecendo o impacto emocional e psicológico gerado por esse erro, além da revolta e do medo que esse evento trouxe. Os coletivos se colocaram à disposição para apoiar as vítimas na busca por seus direitos e enfatizou que a saúde, a vida e a dignidade dos cidadãos devem ser protegidas acima de tudo.

Os movimentos encerram a carta reafirmando seu compromisso com a defesa de um sistema de saúde de qualidade, transparente e seguro para todos, e promete continuar lutando para que tragédias como essa jamais se repitam.

Clique aqui e leia o documento do Mopaids na íntegra.

Neste link é possível ler o documento do MBHV.

Redação da Agência de Notícia da Aids

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