Um levantamento inédito sobre as ações para geração de renda e inclusão econômica voltadas à comunidade LGBTQIA+ aponta baixa absorção de mão-de-obra capacitada em vagas de emprego e dificuldade para manter um negócio ativo capaz de gerar renda.

De acordo com 57% das ongs entrevistadas, para cada 4 pessoas da comunidade LGBTQIA+ capacitados pelos projetos, apenas uma conseguiu um trabalho formal com carteira assinada.

Além disso, para cada 4 que decidiram empreender, 77% das organizações disseram que somente uma conseguiu manter a empresa de portas abertas após 12 meses.

O estudo foi coordenado pelo Instituto Matizes, em parceria com o Fundo Positivo, e avaliou iniciativas em desenvolvimento no país, tanto por parte dos investidores como daqueles que desenvolvem projetos sociais.

O levantamento foi feito entre outubro de 2023 e março deste ano e teve participação de pelo menos 100 organizações que atuam em iniciativas voltadas à promoção econômica da população LGBTQIA+ no país.

O estudo identificou, ainda, que, embora as estratégias de inclusão produtiva e políticas de afirmação tenham crescido 63% entre 2021 e 2023, a captação de recursos ainda é um grande desafio para 69% das ongs que oferecem esses projetos.

Ainda segundo as organizações entrevistadas, os editais e as doações de empresas privadas, organizações sociais ou fundos de apoio são responsáveis por cerca de 70% dos projetos; enquanto que os editais estatais de financiamento chegam a 30%.

Diante desse diagnóstico, o estudo traz também alternativas para a geração de renda ou abertura de empreendimentos próprios e/ou coletivos, por meio do desenvolvimento de projetos individuais ou da coletividade.

O estudo completo está disponível no site fundopositivo.org.br.

Redação da Agência Aids com informações