Devido à pandemia do coronavírus, a Agência Aids passou a publicar vídeos de ativistas que revelam como tem vivido e se comportado com o isolamento social para colaborar na luta contra a Covid-19. Na sexta-feira (27), o ativista Drew Persi contou, por meio de vídeo, como estão sendo seus dias de quarentena. No sábado (28), vocês puderam conferir o recado do ativista Eduardo Barbosa. No domingo (29) puderem assistir ao depoimento da jornalista e ativista Marina Vergueiro, terça-feira (31) ao da ativista Silvia Almeida,  na última quinta-feira dia (2), ao do escritor e ativista Beto Volpe e no sábado (4), o ativista Moisés Toniolo.

O  mais recente balanço dos casos da Covid-19, divulgado nessa segunda-feira (6), mostrou que, no total, são 11.130 casos oficiais confirmados no país até agora, segundo o governo, e 486 mortos.

Hoje, a Agência Aids traz o depoimento do ativista Américo Nunes:

Américo convive com  o vírus desde 1988, mas demorou a tornar isso público. Segundo ele,  porque naquela época o estigma era muito grande. “Só contei aos meus pais dez anos depois. Para minha surpresa, eles deram apoio.”

“Nunca desenvolvi a doença, só descobri que era portador porque amigos de um ex-namorado estavam morrendo de aids e resolvi fazer o teste. Como não sentia nada, levei um tempo para aderir aos medicamentos. Só comecei a tomar remédio com a chegada dos antirretrovirais, em 1997. O que ajuda a me manter bem emocionalmente são os trabalhos voluntários que realizo com soropositivos desde que descobri ser portador”, conta.

Américo vive, hoje, um relacionamento com  ex-militar chileno Jorge Reyes Rodriguez, 65, que também vive com o vírus. Juntos há 29 anos, fundaram, em maio de 2000, o Instituto Vida Nova, no Itaim Paulista, na Zona Leste, ONG que atende 900 soropositivos.

“Lá oferecemos atividades como hidroginástica e fisioterapia. Por incrível que pareça, o maior baque que tive até hoje não foi o diagnóstico do HIV, e sim um câncer no reto, em 2011. Fiquei muito fragilizado psicologicamente, até porque sentia muita dor e vivia à base de morfina. Fiz quimioterapia e radioterapia e estou totalmente recuperado. Agora, sonho com a cura da aids.”

 

 

Redação da Agência de Notícias da Aids