Depois de passar pelos cinemas de 19 capitais, estar disponível na íntegra na Netflix, ter sua exibição feita no Canal Brasil, o documentário Carta para Além dos Muros ganha uma nova versão: #PrecisamosFalarSobreIsso – Carta para Além dos Muros. Em parceria com a plataforma de streaming VideoCamp, através do apoio institucional da Unesco e da Unaids Brasil, patrocínio da Gilead Sciences Brasil e da Ítaca, a nova versão tem o objetivo de ampliar o acesso ao documentário, que narra a trajetória da epidemia que escancarou ignorância e preconceitos em relação ao HIV e à aids no Brasil.

Dirigido por André Canto, o filme investiga o estigma, o preconceito e a discriminação como produtos de uma sociedade que insiste em manter marginalizadas as pessoas que vivem com HIV – até hoje, quase 40 anos depois do primeiro diagnosticado caso, situações de medo, insegurança e exclusão são recorrentes nas pessoas que vivem com HIV.

A epidemia, apesar dos importantes avanços científicos no tratamento e na prevenção, tem crescido entre adolescentes e jovens (15 a 24 anos) como aponta o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2020, do Ministério da Saúde. Toda semana 6 mil jovens são infectados no mundo pelo HIV, esta vulnerabilidade entre os adolescentes é uma tendência global, este grupo é o único onde a epidemia continua avançando com um risco relativo 50% maior em relação às outras faixas etárias.

O documentário, o primeiro do gênero a refazer a cronologia do HIV e da aids no país, é a realização do projeto #PrecisamosFalarSobreIsso, que também conta com uma série documental para a TV e um livro-reportagem que relata todo o processo de sua pesquisa e realização.

No filme, o jovem Caio conta sobre quando descobriu que vive com HIV, momento a partir do qual teve que enfrentar seus próprios fantasmas, além do preconceito da família e da sociedade. Usando o depoimento de Caio como fio condutor, o filme passa a intercalar imagens de arquivo e entrevistas com médicos, pessoas que vivem com HIV, ativistas e figuras públicas, não apenas para contar a história do HIV e da Aids no Brasil, mas também para investigar o processo de construção do preconceito e estigma ainda hoje recaem sobre Caio todas e pessoas que vivem com o vírus – que vai desde a denominação da doença como “peste gay” na época do seu surgimento, passando pela classificação estigmatizante de “grupos de risco”, até o sensacionalismo de parte da imprensa, além dos julgamentos morais e religiosos no desenrolar da epidemia.

O Dr. Dráuzio Varella é a lista de pessoas que dão depoimento no filme. Além dele, o ex-ministro da Saúde José Serra, o cineasta e ex-VJ Marina Person, a mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, e os médicos Ricardo Tapajós, Márcia Rachid e Ricardo Vasconcelos, expõem os motivos pelos quais a impressionante evolução na resposta científica e ao HIV não veio acompanhada de uma mudança de mentalidade e de preconceitos em relação à infecção.

“Cartas para além dos muros”, é a primeira direção de André Canto, produtor executivo especializado em documentários, desenvolveu mais de vinte projetos dessa linguagem, acompanhando todos, do argumento ao corte final. Trabalhou com vários dos principais cineastas brasileiros entre eles: Di Moretti, Kátia Lund, Laís Bodanzky, Lina Chamie, Luiz Bolognesi e Ugo Giorgetti, em trabalhos documentais para cinema e TV.

Em 2016, André Canto iniciou a pesquisa sobre Hiv e Aids que culminou no filme “Carta Para Além dos Muros”. O olhar crítico sobre o passado e a compreensão do processo de elaboração de valores pela sociedade sobre o HIV e aids, foram os pontos de partida para o desenvolvimento do projeto socioeducativo #PrecismosFalarSobreIsso.

O projeto multilinguagens, focado em comunicação, entrega informações e ferramentas essenciais para que as pessoas possam gerenciar sua prevenção a ISTs em geral e concomitantemente desmistificar o grande tabu da aids.

Ficha Técnica

Brasil, 2020, 54 min, classificação indicativa 12 ANOS

Direção: André Canto / Montagem: Ricardo Farias / Roteiro: André Canto, Gabriel Estrela, Gustavo Menezes e Ricardo Farias / Direção de fotografia: Carlos Baliú / Trilha original: Roberto Prado / Edição de som: Camila Mariga e Cauê Custódio / Mixagem 5.1: Rodrigo Ferrante / Som direto: Rafael Alves Ribeiro / Design de movimento: Rafael Terpins / Supervisão de pós-produção: José Francisco Neto, ABC / Classificação de cores: Ely Silva, ABC / Consultoria técnica: Ricardo Vasconcelos / Direção de produção: Larissa Barbosa / Produção executiva: André Canto e Gustavo Menezes / Coprodutores: Gabriel Miziara e Gustavo Menezes / Produtor associado: Marcos Arzua Barbosa / Produzido por: André Canto

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