Em declarações à Agência Efe, concedidas durante visita ao Chile, o representante da agência da ONU destacou o aumento de “quase 16 pontos que foi registrado no índice de cobertura universal que é medido pela OMS” e garantiu que isso se deve às reformas substanciais que vários países fizeram incentivamos pelo impacto provocado pela pandemia da Covid-19.

“Estão alocando mais recursos humanos, equipamentos, infraestruturas, para, justamente, garantir acesso aos serviços integrais de saúde. Estão fazendo reformas muito substanciais agora, e essas reformas estão melhorando muito o acesso aos serviços”, detalhou Fitzgerald.

“A região, neste momento, tem um aumento de quase 16 pontos no índice de cobertura universal que é medido pela OMS. Esse aumento é muito importante. Significa que as populações estão melhorando suas situações de saúde”, completou.

Nessa linha, Fitzgerald elogiou o esforço de muitos governos da região de aumentar o gasto público em saúde, mas alertou que, “sem um maior investimento público nos próprios países, não poderemos alcançar o acesso universal” nas Américas.

“Estamos avançando bem, foram feitos enormes esforços na pandemia, para, justamente enfrentar as deficiências sistemáticas que ficaram expostas. Houve aumento do gasto público, que agora é quase 30% do PIB. Ainda distante, mas estão avançando e avançando bem”, garantiu o representante da OMS.

“Isso representa um aumento de quase 40% no gasto público em dez anos. Além disso, estão quebrando as desigualdades persistentes que existiam, com maior diferença no primeiro nível de atenção, a atenção primária de saúde, justamente, para melhorar o acesso universal nos territórios que são sub atendidos, com baixo nível de recursos humanos”, acrescentou.

Fitzgerald garantiu que o sistema de coparticipação é “a maior barreira que existe na região das Américas”.

“Muitos países estão avançando agora para reduzi-lo. Entendemos que o Chile tomou uma decisão muito importante sobre isso”, disse o diretor de Serviços de Saúde, sobre a extinção do modelo no país.

“Uma estratégia integral, uma reforma que transforme, tem que enfrentar todas essas barreiras que existem na saúde, diante de uma análise profunda delas”, concluiu.

Fonte: UOL