Um dos maiores avanços recentes para o combate ao HIV, a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é exclusividade do Brasil quando o critério é a gratuidade no sistema público de saúde na América Latina.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids, o Unaids, mostra que o Brasil é exemplo único em meio a países que não possuem qualquer ação para difundir o uso de PrEP ou que possuem ofertas diferente do tratamento.

Em alguns países da região sequer há sistema público de saúde, como ocorre na Colômbia.

A Organização Mundial de Saúde, ativistas e profissionais de saúde defendem o uso de PrEP como forma de enfrentar a epidemia de HIV.

De forma geral, apenas pessoas em grupos de maior vulnerabilidade ao vírus, tais como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e profissionais do sexo em geral têm indicação para uso desse método.

A profilaxia consiste na ingestão diária da combinação de dois medicamentos – emtricitabina e tenofovir – que são antirretrovirais usados por quem já tem HIV. A eficácia da PrEP é de cerca de 99%.

Há pesquisas que indicam tomar o medicamento apenas dias antes e depois do sexo, conhecida como PrEP sob demanda.

Já a forma injetável do tratamento e com apenas uma dose a cada dois meses, por exemplo, é alternativa já vislumbrada pela ciência.

De acordo com o Ministério da Saúde, até setembro deste ano 14.252 pessoas já tomaram a PrEP no país.

 

A Profilaxia no Brasil 

O Ministério da Saúde começou a distribuir a PrEP em todo o Brasil no final do ano de 2017. Em 2018, a profilaxia já estava em todos os estados do país. Para lançar o programa, o Ministério trabalhou com redes de homens que fazem sexo com homens e pessoas trans para desenvolver vídeos e mensagens que alcancem as pessoas que podem se beneficiar da PrEP, incluindo aquelas que vivem no entorno dos grandes centros ou em baixas condições sócio-econômicas.

Para ampliar a distribuição da profilaxia, no mês de outubro de 2020, a Secretária Municipal de Saúde do Município de São Paulo, junto ao Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo atribuiu a cirurgiões-dentistas e farmacêuticos a função de prescrever as Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV (PrEP e PEP), assim como solicitar exames necessários de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT).

 

 

 

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Fonte: Metrópoles