O Brasil chegou aos 34,9 milhões de vacinados a contra a covid-19 nesta sexta-feira (7). Até aqui, 34.914.631 brasileiros receberam pelo menos uma dose de imunizante, o que equivale a 16,49% da população do país.

O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde. Entre ontem e hoje, 694.199 brasileiros receberam a primeira dose do fármaco — já a segunda dose foi aplicada em outras 243.057 pessoas.

Ao todo, 17.578.127 pessoas receberam as duas doses de vacina, seguindo a recomendação dos laboratórios responsáveis pela produção da CoronaVac, Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech. O número equivale a 8,3% da população nacional.

O Rio Grande do Sul se mantém como o estado que, proporcionalmente, mais vacinou sua população com a primeira dose: 21,43% dos habitantes locais.

Já São Paulo lidera entre aqueles estados que mais aplicaram a segunda dose de vacina: 10,26% de sua população.

Pfizer cobra R$ 1 bilhão mais caro por novas doses de vacina

O governo federal avalia comprar mais 100 milhões de doses da vacina contra covid-19 da Pfizer a US$ 12 a unidade – 20% mais caro do que o negociado no primeiro contrato da farmacêutica americana com o Ministério da Saúde, em que foi adquirida quantidade igual do imunizante. Ao todo, a oferta para nova compra fica perto de R$ 6,6 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão a mais do que o valor anterior.

As informações sobre o preço global e o valor por dose constam em nota técnica assinada por Laurício Cruz, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da pasta, e obtida pelo Estadão. O governo publicou ontem em edição extra do Diário Oficial da União extrato de dispensa de licitação, com valor global de R$ 6,6 bilhões. Na CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta estava na “iminência de fechar novo acordo com a Pfizer de cem milhões de doses”.

No fim de 2020 e no início do ano, porém, a gestão Jair Bolsonaro tinha outra postura em relação à empresa. O governo acusou a farmacêutica de incluir cláusulas “leoninas” na proposta, travou a negociação e perdeu lugar na fila. Bolsonaro reclamava que a empresa não queria assumir o risco de possíveis efeitos colaterais da vacina.

A nota do ministério agora pede que a entrega desse novo lote seja em duas etapas. A primeira, de 30 milhões de doses, deve chegar ao País entre 1.º de julho e 30 de setembro. A entrega do segundo lote, com 70 milhões de doses, é prevista entre 1.º de outubro e 31 de dezembro.
Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

Fonte: UOL