Em sua live na última quinta- feira( 21/10/2021) o presidente Jair Bolsonaro disse que “ relatórios oficiais do Reino Unido, sugerem que as pessoas totalmente imunizadas contra a Covid-19, “ duas doses da vacina e depois de 15 dias da completa imunização, estão desenvolvendo a Sindrome da Imunideficiência Adquirida muito antes do previsto”. Encerrou sua fala, “ recomendo que leia a matéria”. A fala do presidente provocou reação entre as associações médicas, gestores e ativistas.

 

Dr. Robinson Camargo, coordenador de assistência da Coordenadoria de IST/Aids de São Paulo: “Bolsonaro pela milésima, ou milhonesima, vez presta um desserviço a população brasileira, da qual deveria cuidar. Dizer que quem está imunizado para Covid 19 está desenvolvendo a aids muito mais rápido que o previsto, palavras dele. Não sei de qual porão de sua mente ele tira essas idéias absurdas, talvez daquele onde mora seus ídolos torturadores. É muito preocupante esta postura que ao mesmo tempo joga contra a vacinação e arraiga o preconceito contra as pessoas infectadas pelo HIV. Lamentável.”

 

Alessandra Nilo, coordenadora da ONG Gestos: “Um presidente preconceituoso, completamente desinformado e, se tem informação, pior ainda, porque se torna muito mais criminoso ao disseminar uma informação que ninguém poderia estar disseminando a essa altura do campeonato. É um aburdo não tem outra palavra pra descrever e ninguém entende no mundo como que uma pessoa dessa continua sendo presidente do Brasil.”

Veriano Terto, vice-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids: “Mais uma vez, mais uma manifestação de ignorância e deserviço que o presidente da república passa para a população brasileira, pois mais uma vez fomenta informações equivocadas, erradas, irresponsáveis sobre a aids e sobre a saúde em geral. Não foi a primeira vez e acho que não será a última. Só demonstra a que tempos e que presidente nós temos para conduzir os destinos do país. Acho que com sua popularidade em queda ele precisa apelar cada vez mais para argumentos esdrúxulos, ignorantes para se promover e chamar atenção. Já que ele só sabe chamar atenção em cima da ignorância, do desconhecimento e do estigma. Seria bom o Ministério da Saúde se manifestar, afinal esse é o tipo de informação que prejudica a saúde dos brasileiros. De um país que foi referência e exemplo bem sucedido de luta contra aids, nosso país vai se tornando uma referência de ignorância e brutalidade nas questões de saúde, incluindo a aids, uma pena.”

Jenice Pizão, Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas: “Mais um exemplo do despreparo desta pessoa, q leva o país para o caos. Na área econômica, levaremos mais de 1 década pra voltar a crescer. Na saúde, o estrago é pior, pois vai contra a vacina, um dos únicos meios de proteção contra o coronavirus e desconstrói a política de prevenção da aids.”

Maria Clara Gianna, coordenadora adjunta do Programa Estadual De DST/Aids de São Paulo: “Nenhuma vacina causa a aids. Todas as pessoas vivendo com HIV devem receber as vacinas contra a covid em seu esquema completo inclusive com a terceira dose. Estamos conseguindo diminuir o número de casos , internações e óbitos graças a ampliação do número de vacinados em nosso país. Mais uma vez o presidente da república trás informações falsas para a população, vinculando vacina contra a covid e aids, mais uma informação que tenta desestimular a vacina, mais uma informação falsa chega a milhões de brasileiros. Esta atitude não pode ficar impune, espero que em algum momento o presidente Bolsonaro seja responsabilizado e penalizado.”

Rodrigo Pinheiro, presidente do Foaesp (Fórum de ONGs/Aids do Estado de São Paulo: “O presidente Jair Bolsonaro é o inimigo número um da saúde pública no Brasil. Mais uma vez ele prestou um desserviço, com informações equivocadas referentes as questões de saúde, principalmente com relação à Covid-19 e a aids.”

 

Dica de entrevista

Abia

Telefone: (21) 2223-1040

ONG Gestos

Telefone: (81) 3421-7670

Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas

Site: https://mncp.org.br/

Foaesp

Tel.: (11) 3334-0704

 

 

 

Redação da Agência de Notícias da Aids