Estima-se que no Brasil existam 700 mil portadores da Hepatite C (especialmente entre as pessoas com mais de 40 anos), uma doença viral que leva à inflamação do fígado e raramente desperta sintomas. Por isso, grande parte desconhece o diagnóstico.

O vírus da hepatite C é capaz de gerar alterações nos níveis de insulina no sangue. Com isso, segundo médicos, o corpo entende que precisa produzir mais insulina para manter o nível normal de açúcar e os portadores vão desenvolvendo intolerância à glicose, fase em que a pessoa se torna propensa ao diabetes, aumentando em quatro vezes as chances de desenvolverem o diabetes tipo 2. Por outro lado, pacientes com glicemia descontrolada correm o risco de ter lesões no fígado e acelerar o desenvolvimento de doenças hepáticas como cirrose e câncer.

“O mais preocupante dessa relação é que 75% dos cerca de 700 mil portadores do vírus HCV não sabem que têm a doença. Em contrapartida, chega a mais de 12 milhões o número de casos de diabéticos no Brasil, que ocupa o 4º lugar entre os países com o maior número de pacientes que desconhecem o diagnóstico de diabetes mellitus. Por isso, o diagnóstico das duas doenças é imprescindível”, aponta Dr. Eric Bassetti, gastroenterologista e Diretor Médico Associado da Gilead, biofarmacêutica global que tem a Hepatite C como uma de suas principais áreas terapêuticas de pesquisa e desenvolvimento.

A Hepatite C é a maior causa de cirrose, câncer e transplantes de fígado no mundo. Porém, é o único tipo que é completamente curável através de tratamentos medicamentosos.

Importância do diagnóstico

Dr. Bassetti explica que tratar a hepatite C reduz as chances de desenvolver o diabetes tipo 2. A detecção é simples, através de um exame de sangue, o anti-HCV, realizado em qualquer unidade do SUS ou nas redes particulares de saúde.

A Organização Mundial da Saúde visa a eliminação da Hepatite C até 2030, mas Dr. Bassetti enfatiza que “este é um trabalho conjunto de conscientização, pois é importante também que os pacientes estejam atentos e lembrem seus médicos de pedir os exames”.

Fonte: Gilead Sciences