A Suécia irá disputar as oitavas de final contra a Suíça nessa terça-feira (3), às 11h. O vencedor da partida vai enfrentar o Brasil nas quartas de final.

Na luta contra aids, a Suécia dá uma verdadeira goleada. Em outubro de 2016, o país anunciou que foi o primeiro país a atingir as metas 90-90-90 da ONU, que foram, em realidade, alcançadas em 2015. Atualmente, o país estima que 90% das pessoas vivendo com HIV estão diagnosticadas, 97% delas estão em tratamento e 95% dessas pessoas com carga viral indetectável.

Já na Suíça, o número de novos casos de HIV permaneceu estável por dois anos consecutivos. Existem atualmente cerca de 20 mil pessoas na Suíça vivendo com HIV e em 2016 foram diagnosticados 542 novos.

 

Suécia

Segundo dados do mais recente relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas Sobre HIV/Aids (Unaids), de 2016, 11 mil pessoas vivem com o vírus na Suécia hoje, das quais 9,2 mil estão em tratamento com antirretrovirais. Em uma população de 9,7 milhões de habitantes, a prevalência é de 0,2% entre os adultos.

A maior parte dos infectados é adulta e do sexo masculino, 7,8 mil, enquanto o número de mulheres infectadas é 3,2 mil. Homems que fazem sexo com homens continua sendo o grupo mais vulnerável desde o início da epidemia. Ainda no país, menos de cem pessoas morreram em decorrência da aids e menos de mil novas infecções ocorreram no mesmo ano.

A Suécia foi um dos países pioneiros a se posicionar sobre o risco de transmissão do HIV por pessoas com taxas indetectáveis das células de defesa CD4. Este foi o posicionamento da Agência de Saúde Pública da Suécia e do Grupo de Referência Sueca para Terapia Antiviral baseado em um seminário organizado no outono de 2012. Segundo as recentes pesquisas da época apresentadas, o risco de transmissão por meio de relações sexuais vaginais ou anais desprotegidas foi considerado mínimo, desde que não houvesse outras infecções sexualmente transmissíveis e desde que a pessoa infectada com o HIV preenchesse os critérios de adesão e eficácia do tratamento antirretroviral.

A Suécia segue como defensora política e apoiadora dos esforços globais em torno do HIV e também é um dos principais doadores para Unaids e o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária.

Mais números

* Incidência do HIV por 1000 habitantes  – 0,06%

* Órfãos em decorrência da aids (de 0 a 17 anos) – 1,1 mil

 

Suíça

No país, que tem uma população total de 8.391.973 habitantes, o número de casos recentemente diagnosticados de HIV permaneceu estável pelo segundo ano consecutivo, seguindo uma tendência de queda no período de 2008 a 2014. As informações são da Swiss Aids Federation,  uma organização sem fins lucrativos financiada por dinheiro do Departamento Federal de Saúde Pública, do Serviço Federal de Seguro Social e de colaboradores privados.

Existem atualmente cerca de 20 mil pessoas na Suíça vivendo com HIV e em 2016 foram diagnosticados 542 novos. Isso representou um aumento de 1% em relação ao ano anterior. Antes disso, o número de casos de HIV havia caído quase todos os anos desde 2008. 2016 foi, portanto, o segundo ano consecutivo em que os números não continuaram a tendência anterior de queda.

As mulheres representam 22% dos novos diagnósticos. Nos últimos seis anos, o número de casos de mulheres infectadas por contato heterossexual diminuiu quase continuamente de 120 para 84.  O número de casos de homens infectados por contato heterossexual aumentou inicialmente, mas caiu acentuadamente em 2014. Houve menos 30 casos nesse grupo em 2016 do que havia há cinco anos (2011: 135 casos).

Olhando para os últimos seis anos, nenhuma tendência clara pode ser estabelecida no número de diagnósticos de HIV entre HSH, já que os números variaram consideravelmente de ano para ano. Houve 221 novos diagnósticos em 2016, correspondendo a cerca de 49% de todos os casos.

Entre as mulheres infectadas por contato heterossexual, 27% eram cidadãs de um país classificado segundo os critérios da OMS como tendo alta prevalência de HIV. Os principais países de relevância para a Suíça são os da África Subsaariana e alguns países caribenhos. Os habitantes originários de países de alta prevalência são responsáveis ​​por um número muito menor de novos diagnósticos em homens, independentemente de como eles foram infectados.

 

Redação da Agência de Notícias da Aids