Estreante em Copas do Mundo, o Panamá vai jogar contra um adversário muito complicado, a poderosa Bélgica. No grupo G, as duas seleções se enfrentarão na próxima segunda-feira, 18 de junho, às 12h, em Sochi. Saiba como os dois países tratam a aids em seus territórios.

Bélgica

Na Bélgica, a presença de casos de HIV/aids entre adultos, de 15 a 49 anos, é de 0,2%, ou seja, em torno de 18 mil belgas vivem com a doença no pais. A prevalência entre homens que fazem sexo com homens (HSH) é de 12,3%, entre os profissionais do sexo é de 0,7% e 2% entre os usuários de drogas injetáveis.

Em 2015, quase 16 mil soropositivos estavam em tratamento. Neste mesmo ano, o número de novos diagnósticos diminuiu 4,7% em relação a 2014.

A Bélgica deu um passo à frente na sua resposta à aids com o lançamento de seu primeiro Plano Estratégico Nacional para o HIV, em 2013. A própria Rainha Matilde acompanhou sua formulação e o lançamento. O planejamento 2014-2019 tem três pilares centrais: prevenção do HIV, testes e tratamento e cuidado e apoio. O plano aborda um contexto no qual mais de mil novas infecções por HIV estão sendo relatados a cada ano. E prioriza as populações mais afetadas, incluindo homens que fazem sexo com homens (HSH) e trabalhadores migrantes. Apesar de o número de pessoas que vivem com HIV na Bélgica ser considerado baixo, a taxa de novas infecções não tem diminuído nos últimos anos.

O Unaids elogiou a Bélgica por seu apoio de longa data e por sua liderança política na resposta global à aids. O país está entre os aliados mais fortes do Unaids em questões como a promoção dos direitos humanos no contexto do HIV, incluindo saúde e direitos sexuais e reprodutivos.

Mais números

  • População: 11,3 milhões de habitantes.
  • 17,20% da população têm 65 anos ou mais
  • 80% das pessoas com mais de 65 anos têm uma doença crônica
  • 85% daqueles com mais de 75 anos sofrem de três doenças crônicas.

Sobre o país

Nos pouco mais de 30 mil quilômetros quadrados do reino da Bélgica vivem mais de 10 milhões de súditos de sua majestade o Rei Philipe. Conhecido pela alta qualidade de vida e por teu um dos melhores sistemas de saúde do mundo, o pais possui expectativa de vida de 81 anos. O setor dos cuidados em saúde representava 11% do PIB. Desse total, 70% são pagos pelo poder público e 30%, por contribuição direta do usuário.

O país também tem uma política liberal em relação a costumes e a direitos humanos. Foi o segundo no mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2003, e a adoção de tais casamentos em 2006. Desde 2001, o governo da Bélgica decidiu descriminalizar o consumo pessoal e a posse de pequena quantidade de maconha e a legislação em relação ao aborto permite a interrupção voluntária da gravidez até 12 semanas de gestação.

A Bélgica fica na Europa Ocidental e hospeda em seu território a sede da União Europeia. As duas maiores regiões da Bélgica são a de língua holandesa, na região dos Flandes ao norte, onde vivem 59% da população e a Frances, ao sul, habitada por 31% dos belgas. A região de Bruxelas é oficialmente bilíngue.

Panamá

Para uma população de aproximadamente 4 milhões, o Panamá tem 21 mil pessoas vivendo com HIV/aids, com prevalência de HIV entre os adultos de 0,8%.

Em 2016, 1300 pessoas receberam o diagnóstico positivo e quase mil pessoas morreram em decorrência da aids. Segundo o Unaids, a principal via de exposição ao vírus é sexual, especialmente entre os homens que fazem sexo com homens (HSH).

As populações mais atingidas pelo HIV neste país são as profissionais do sexo, com uma prevalência de 2%, os homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, com 13,06%. A prevalência entre travestis e mulheres transexuais é de 15% e entre pessoas privadas de liberdade, 6,4%.

Desde 2010, novas infecções por HIV aumentaram em 9% e as mortes relacionadas à aids em 20%.

O governo do Panamá, de acordo com o Unaids, passou a oferecer tratamento gratuito para o HIV para todos em 2016. E a primeira campanha para incentivar a população a fazer o teste de HIV foi ao ar em 2015.

Mais números

  • Índice de prevalência entre adultos de 15 a 49 anos: 0,8%
  • Adultos com 15 anos ou mais vivendo com HIV: 21 mil
  • Mulheres com 15 anos ou mais vivendo com HIV: 6.200

Sobre o país

O Panamá está localizado na América Central e faz fronteira com a Colômbia e com a Costa Rica. Esse país também é banhado pelo Mar do Caribe e Oceano Pacífico.

A nação possui alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,755. O índice de analfabetismo é de 6,6% e a taxa de mortalidade infantil é de 17 óbitos a cada mil nascidos vivos.

Redação da Agência de Notícias da Aids