Colômbia e Inglaterra duelam nesta terça-feira, às 15h (de Brasília), na Arena Spartak, em Moscou, na Rússia, no jogo que fecha as oitavas de final da Copa do Mundo de 2018. Os colombianos conquistaram a primeira colocação do Grupo H após triunfo de 1 a 0 sobre Senegal e chegam embalados, tentando repetir o feito de quatro anos atrás, quando chegaram às quartas de final e foram eliminados pela Seleção Brasileira. Os ingleses ficaram na segunda posição do Grupo G, pois preservaram os titulares contra a Bélgica sendo derrotados por 1 a 0.

Na disputa contra aids, a prevalência entre os adultos na Colômbia é alta, 0,4%. Além disso, o Unaids estima que 45 mil pessoas ficaram órfãs em decorrência da aids no país, o que representa a quinta maior causa de mortes na população ativa. Por outro lado, na Inglaterra, os diagnósticos tardios são um grande desafio. Segundo o Relatório de Saúde Pública da Inglaterra e do Reino Unido, no ano de 2016, 42% dos diagnósticos foram realizados em estágio já avançado da infecção. Relembre a seguir como os dois países lutam contra a aids:

Colômbia

Com um rico patrimônio histórico, a Colômbia tem a segunda maior população da América do Sul, constituída a partir da mistura entre índios, africanos e europeus, sobretudo, espanhóis. Segundo o relatório do ano de 2016 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), há 120 mil pessoas vivendo com HIV na Colômbia, em uma população com 48 milhões de pessoas.

A prevalência entre os adultos é alta, 0,4%. São 5600 novas infecções anualmente e o Unaids estima que 45 mil pessoas ficaram órfãs em decorrência da aids no país.

Apenas 36% das pessoas que sabem que vivem com o HIV tem carga viral indetectável. Para agravar, 40% dos diagnósticos são tardios.

Mais números:

– Prevalência entre profissionais do sexo: 1,2%

– Prevalência entre homens que fazem sexo com homens: 17%

– Prevalência entre pessoas que fazem uso de drogas injetáveis: 2,8%

– Prevalência entre transexuais: 21,4%

Sobre a saúde no país

A Colômbia tem um sistema de saúde vindo da crise do narcotráfico observada entre 1991 e 1993. A Constituição de 1991 incorporou o Estado Social de direito e garantiu acesso universal à seguridade social. Atualmente, 80% da população é coberta pelo sistema de saúde, mas a entrega para as áreas rurais, os mais pobres e os profissionais autônomos tem sido realizada de forma dramática.

Há duas maneiras de ter acesso ao sistema de saúde colombiano: o primeiro é o Regime de Contribuição (RC), para os empregados e seus familiares com uma contribuição mensal para o governo e o outro é o Regime Subsidiado (RS), em que o governo cobre os indivíduos mais pobres que não têm condições de financiar o primeiro regime.

a quinta maior causa de morte na população ativa. Desde que o vírus chegou ao país, 0,5% da população foi contaminada por ele, mais que o dobro do que é visto no Brasil (0,2%). Por isso, programas foram criados no país para que os números baixassem.

O secretário de saúde colombiano, Guillermo Jaramillo, responsável pela saúde no país e conhecedor de diversos outros sistemas de saúde, assegurou para o presidente Juan Manuel Santos, que o sistema de saúde colombiano precisa de uma mudança nas estruturas básicas. Segundo ele, em carta ao presidente, os casos de corrupção e as falhas estruturais do sistema poderiam paralisá-lo.

Inglaterra

O Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e Aids (Unaids) não computa os dados da Inglaterra separadamente, mas do Reino Unido formado por, além da Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte. São 101.200 pessoas vivendo com HIV/aids. São 6.095 novas infecções ao ano e, até então, 594 mortes por aids foram registradas. A prevalência do HIV é de 0,16%.

Já entre homens que fazem sexo com homens, a prevalência é de 2,5%. Quanto ao tratamento, o números são animadores: 96% dos adultos infectados estão tomando antirretrovirais. E 94% estão com carga viral indetectável.

Por outro lado, os diagnósticos tardios são um grande desafio. Segundo o Relatório de Saúde Pública da Inglaterra e do Reino Unido, no ano de 2016, 42% dos diagnósticos foram realizados em estágio já avançado da infecção.

Além disso, outro desafio está associado a falta de informação. Uma recente pesquisa no Reino Unido, revelou que apenas 45% das população pôde identificar as formas de transmissão do HIV.

Mais sobre o país

O sistema de saúde é o mesmo para todo o Reino Unido. O National Health Service ou NHS, como é mais conhecido, é o maior sistema público de saúde e o mais antigo do mundo.

Todos os bairros de Londres contam com um General Practitioner Surgery que funciona como um centro de saúde local, uma espécie de UPA no Brasil.

O tratamento contra a infecção pelo HIV é o único que o sistema de saúde não contempla para os estrangeiros, que têm de pagar pelos antirretrovirais. Segundo os responsáveis por essa medida, ela tem duplo benefício: evita que os estrangeiros acabem nos hospitais ingleses devido a complicações causadas pela aids, cujo custo do tratamento é muito alto e diminui em muito as probabilidades de terceiros serem infectados pelo vírus.

Redação da Agência de Notícias da Aids