Com o objetivo de reconhecer ações realizadas pelas Organizações não Governamentais na luta contra a aids na cidade de São Paulo, o Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo realizou a Cerimônia de Homenagem à Sociedade Civil na tarde dessa quarta-feira (27).

Durante a abertura do evento, a coordenadora do Programa de DST/Aids de São Paulo, Maria Cristina Abbate, afirmou que “felizmente estamos aqui porque somos pessoas guerreiras na defesa intransigente do Sistema Único de Saúde. O SUS veio de um movimento que enxergava saúde como um direito de todos e dever do estado”, disse ao agradecer a presença dos parceiros, na mídia, na sociedade civil e no governo.

Maria Cristina Abbate também ressaltou os projetos aprovados e habilitados por editais públicos e disse que eles são estratégicos em razão das necessidades regionais. Além disso, para ela, é importante a manutenção da palavra “aids” no nome da coordenação.

Aquilo que tem nome, tem forma, a gente consegue enxergar e, através da visibilidade, a gente consegue ao menos tentar atender às especificidades, então, aqui chamamos essa coordenação de Programa de Aids. Essa é uma tradução do desejo de todos nós. Assim como defendemos o nome da aids nas coisas, defendemos também a visibilidade das populações mais afetadas pelo HIV/aids hoje”, disse. 

Para os membro da sociedade civil presentes no evento, Maria Cristina falou sobre a importância do trabalho da sociedade civil nos espaços públicos. “Quando São Paulo recebe uma certificação de eliminação da transmissão vertical, isso se deve a vocês. Por dois anos consecutivos, tivemos reduções muito importantes no número de novas infecções por HIV/aids. Isso mostra que quando atuamos juntos, mostrando que a prevenção combinada é um caminho.” 

“Além disso, tivemos uma redução de 50% nas mortalidades de 2014 a 2019 no estado de São Paulo. É claro que enquanto uma pessoa morrer por aids, demonstra que ainda é preciso fazer muito. Mas quando há uma redução tão significativa em quatro anos e meio, é muito importante. Mostra, que podemos chegar em um curto período de tempo, para chegar no que mais sonhamos, que é certificar as cidades pela eliminação do HIV.” 

Premiação

Ao ser premiada pelo projeto Tipo Assim na Prevenção e Cidadania, Silmara Lett relembrou o ativista José Araújo em sua fala. “ É com muita honra e emoção que passo essa placa ao EPAH. O Araújo foi um grande companheiro de todos nós. Um grande parceiro. Tenho certeza que ele esta muito feliz pelo nosso trabalho”, disse emocionada.

Do Grupo de Incentivo à Vida, GIV, Cláudio Pereira disse que São Paulo “tem diferença e faz diferença. Temos tido apoio que a maioria das ONGs dos outros estado não tem. Tínhamos dificuldade de acessar novos medicamentos, e São Paulo começou a ofereceu o raltegravir antes mesmo do governo federal. Isso mostra que quando a gente se empanha, as coisas podem mudar, quando a gente se omite, podemos ter problemas muito graves”.

Do Instituto Cultural Barong, Marta McBritton, agradeceu aos integrantes da ONG e homenageou Marcelo Peixoto, um dos fundadores da iniciativa. “Sair fazendo 13 mil testes com 140 pessoas vinculadas é muita responsabilidade. Isso não seria possível sem os serviços parceiros e os CTAs”, disse.  

O ativistaJorge Eduardo Rodriguez, Instituo Vida Nova Integração Social Educação e Cidadania relembrou “histórias, quantos desafios e dificuldades. Como é importante a gente estar junto! A sociedade civil, o programa todos unidos. É muito importante continuarmos nessa luta porque ainda temos muita coisa pra fazer.” 

Do Koinonia, Ester Lisboa  afirmou que a iniciativa do Programa Municipal de homenagear as organizações deve ser copiada, “porque lembra de todo o trabalho que esta sendo realizado pelas organizações. Acreditar nessa parceria entre poder público e a sociedade civil é uma esperança também para nossos jovens. 

Confira todos os premiados 

– Instituto Cultural Barong, representado Marta Mc Britton

Trabalho: Rodas da Sexualidade e Arte

– Casa de Assistência Filadelfia (CAF) representado por Euci Selma Munhoz

Trabalho: Meu Corpo Meu Bem -ações de prevenção de HIV/Aids e outras DST com Jovens e Adultos

 

– É DE LEI, Maria Angelica de Castro Comis
Trabalho: Redução de Danos: drogas, prevenção e intersetorialidade

– EPAH, representado por Silmara lett

Trabalho: Tipo Assim na Prevenção e Cidadania

– Fórum de ONGs Aids de São Paulo, representado por Bruno Mello Domingos
Trabalho: Cartografando a qualidade dos serviços DST/AIDS do município de SP

– GIV, representado por Claudio Pereira
Trabalho: Cidadania e Advocacy

– Instituto Vida Nova, representado por Jorge Eduardo Rodriguez
Trabalho: Juntos na Assispreve – Assistência & Prevenção

– Koinonia, representado por Ester Lisboa
Trabalho: Prevenção sem Fronteiras – As vozes da Juventude Urbana na prevenção ao HIV, Hepatites Virais e outras ISTs

– Projeto Bem me Quer, representado por  José Roberto Pereira
Trabalho: Projeto Garantir Direitos e Promover a Vida!

– Pela Vidda, representado por Sandra Aparecida Costa
Trabalho: Desfazendo Laços: Do desconhecido sobre o HIV, Na construção da Prevenção

– Samaritano São Francisco de Assis, representado por Antonio Bernardo Araújo
Trabalho: Aplica Essa Ideia

Associação Franscicana de Solidariedade, Sefras, representado por Rosangela Pezoti
Trabalho Formando Jovens para o cuidado, prevenção e multiplicação do conhecimento.

– Viração Educomunicação, representado por André Araújo

Trabalho: É pra brilhar:prevenção combinada, gênero e sexualidade.