Depois de 16 anos, a seleção senegalesa participa da segunda Copa de sua história e tentará repetir o feito no mundial de 2002. A expectativa do país é entrar de vez na rota das grandes competições e se firmar entre as principais seleções africanas. O país que é conhecido por ser a linha de chegada do Rally Dakar, que inclusive leva o nome de sua capital, tem uma breve trajetória em Copas.

A Polônia também não tem os Mundiais como tradição, seus melhores resultados em copas do mundo foram dois terceiros lugares na 1974 e na 1982. Para os jogadores, o objetivo é repetir os feitos da seleção há 30 anos.

Na luta contra aids os desafios são grandes para os dois países. Na Polônia, os são preocupantes quanto à população que faz uso de drogas injetáveis – uma prevalência de 14,7%. Senegal, luta contra o preconceito e estigma em torno da doença – 51% dos entrevistados em uma pesquisa do ano de 2014 revelaram que não comprariam verduras de pessoas vivendo com HIV.

 

Senegal

Segundo o Unaids, são 41 mil pessoas vivendo com HIV/aids em uma população de 15 milhões de habitantes. A prevalência entre adultos é de 0,4%. Entre mulheres adultas, a prevalência sobe para 0,6%. Os números ganham sinais de alerta quando se trata de homens que fazem sexo com homens. Nessa população, a prevalência é de 41,9%.

São 4800 crianças vivendo com o vírus. E a média de novas infecções anuais é de 1100.

Já foram 1900 mortes em consequência da doença. Do total de pessoas infectadas, apenas pouco mais da metade está em tratamento, 21 mil. Desse número, 16 mil estão com carga viral suprimida. A porcentagem de mulheres grávidas que fazem uso de antirretrovirais também é um desafio, 55%. O Unaids estima que 2500 mulheres grávidas estão infectadas, mas não sabem ou não estão em tratamento.

O Senegal já aderiu à PrEP e, segundo o Unaids, 273 pessoas fazem o uso dessa profilaxia.

Além disso, a discriminação ainda é alarmante no país. 51% das pessoas entrevistadas em uma pesquisa realizada em 2014 disseram que não comprariam frutas e vegetais se soubessem que o vendedor tem HIV. Outra pesquisa, revelada também pelo Unaids, mostra que em 2016, apenas 28,4% dos jovens senegaleses entre 15 e 24 anos conheciam os métodos de prevenção.

 

Mais números

– Prevalência entre profissionais do sexo: 6,6%

– Prevalência entre pessoas que fazem uso de drogas injetáveis: 10,2%

– Prevalência entre pessoas com privação de liberdade: 2%

Um dos maiores problemas enfrentados pela sociedade senegalesa nos últimos anos é a saúde. Isso porque  80% da população não tem cobertura médica.

A expectativa de vida no país é de 60 anos. Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), os principais problemas e causas de morte no país são infecções respiratórias agudas, malária, doenças diarreicos e partos prematuros.

Apesar das condições de vidas precárias no país, o Senegal vem apresentando algumas melhorias, como a considerável redução na taxa de mortalidade infantil, cerca de 42%.

 

Polônia

 

Na Polônia, 35 mil pessoas vivem com HIV, mas apenas 20 mil conhecem sua sorologia, o que representa 57% do total. 12 mil pessoas estão em tratamento e apenas mil ainda não atingiram a supressão da carga viral. A maioria das infecções registradas são consequência do uso de drogas injetáveis.

 

Mais números:

– Prevalência entre homens que fazem sexo com homens: 7,2%

– Prevalência entre pessoas que fazem uso de drogas injetáveis: 14,7%

 

Uma certa imunidade aos impactos da recente crise mundial, crescimento médio anual de 4,8% do PIB e o aumento nas exportações de 113% (125 bilhões de euros) em 2011, quando comparado com 2010, fazem da Polônia um atrativo mercado para investidores. De acordo com dados do ministério da economia, o país conta com apoio de cerca de 67 bilhões de euros do orçamento da União Europeia até 2015, além de possuir uma rede de fundos de empréstimos composta por 70 instituições, com capital estipulado em R$ 1 bilhão.

Neste contexto econômico favorável está a indústria de equipamentos médico-hospitalares, alcançando a soma de US$ 1,2 bilhões em 2010, 5% maior do que o ano anterior.

Apesar dos esforços do governo, o sistema de saúde ainda enfrenta problemas como longas filas de espera, principalmente na esfera pública e infraestrutura obsoleta.

Com aproximadamente 40 milhões de habitantes, cerca de 836 hospitais, a maioria da população (65%) utiliza o sistema privado, apesar de 65,8% dos hospitais pertencerem à iniciativa pública. A população polonesa também está envelhecimento, tendo um perfil mais jovem quando comparada à Europa Ocidental. Estima-se que a população acima de 65 anos será superior a 40% em 2050.